Irmãos são denunciados por torturarem idosa e filha de 13 anos 916k

Em escola, vítimas foram agredidas, tiveram os cabelos cortados e foram ameaçadas a serem queimadas vivas, "como bruxas" u223n

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou os irmãos Vicente Romero e Arnaldo Alves Franco, pelos crimes de tortura e ameaça cometidos contra uma rezadeira indígena e a filha dela, 13 anos, na Aldeia Ñande Ru Marangatu/Campestre, localizada em Antônio João, a 300 quilômetros de Campo Grande. Os crimes teriam ocorrido no dia 28 de fevereiro deste ano e foram investigados pela Polícia Federal e pelo próprio MPF.

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Fachada do MPF em Campo Grande. (Foto: Divulgação)

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Conforme a denúncia, após sonhar que estava doente por conta de uma de “macumba” feita pela mulher, uma idosa com mais de 60 anos, Vicente, que era o capitão da aldeia e o irmão, Arnaldo, acompanhados de outros suspeitos, não identificados, levaram a rezadeira e a filha à força até a escola da aldeia.

No local, diante de um grande número de indígenas, as vítimas foram colocadas de cócoras, foram ameaçadas e agredidas, e ainda tiveram os cabelos cortados, enquanto eram cobradas a itirem o “feitiço”.

Esses fatos embasaram a denúncia do MPF por tortura, com o agravante de terem sido cometidos contra uma adolescente de 13 anos e uma idosa com mais de 60. Ao final da sessão de tortura, Vicente e Arnaldo, junto com outros agressores, ameaçaram as vítimas alertando que, caso alguém da família dos criminosos morresse, elas seriam queimadas vivas, “como bruxas”. Esse segundo fato embasou a denúncia do MPF por ameaça.

Machismo e intolerância religiosa d4813

Os povos indígenas não estão imunes aos efeitos do machismo estrutural e da intolerância religiosa, ressalta o MPF. O órgão investiga, desde 2021, ataques a mulheres Guarani-Kaiowá ligados à disputa por liderança de aldeias, violência doméstica e familiar, além de perseguição de cunho místico e religioso.

Conforme o órgão, chama a atenção a perseguição àquelas que exercem função de oração nas aldeias, conhecidas como rezadoras, rezadeiras ou Ñandesy, especificamente por causa do choque entre as religiões não-indígenas, que parte da comunidade leva para dentro das aldeias, e as representações tradicionais do povo autóctone, tratadas com preconceito e taxadas como forma de “bruxaria” ou “feitiçaria”.

Para o MPF, o contexto de grave preconceito contra as formas de exercício religioso e místico tradicional, assim como a crescente violência contra as mulheres Guarani-Kaiowá, permeia os fatos que embasaram a presente denúncia.

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