Intenção era tirar a minha vida na frente da Karolina, diz réu em MS 5h6cg
Messias Cordeiro da Silva, de 25 anos, falou pela primeira vez sobre a morte da ex-namorada Karolina e o amigo dela em abril deste ano 5w4756
“Minha intenção era tirar a minha vida na frente da Karolina”. A declaração é de Messias Cordeiro de Lima, 25 anos, acusado de matar a ex-namorada e o amigo dela em abril deste ano. Ele ou por audiência nesta segunda-feira (30), no Fórum de Campo Grande, onde falou sobre o caso.

Questionado pela própria defesa sobre a razão desta intenção, respondeu que “para ela sentir uma parcela de culpa”, se referindo a jovem que matou a tiros. Ele também assassinou o amigo dela Luan Roberto de oliveira, 24 anos. Por fim, ele não se feriu, mas foi preso e agora está na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II.
Messias esteve frente a frente com o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, na tarde desta segunda-feira.
Ele tinha participado de outra audiência no último dia 10, mas na ocasião apenas acompanhou. Desta vez, pode apresentar sua versão sobre os crimes. Orientado pelos advogados,respondeu apenas às perguntas da defesa.
Messias disse que não estava bem no dia em que cometeu o crime. “Vi aquela situação, me descontrair. Se tivesse consciência não teria feito aquilo”, disse. Ele relatou ainda que vivia bem com a ex-namorada, mas que “interferências da família” atrapalhavam, se referindo a mãe de Karoline.
À época do crime as mensagens enviadas pelo acusado logo depois do crime resultaram em uma comoção social. Questionado sobre isto, Messias disse que “estava fora de si. Não sabia o que estava fazendo. Mandei as mensagens pela mágoa. Não tinha consciência do que estava fazendo”.
Ele comentou que tentou se ferir logo após ter disparado contra a ex-namorada e o amigo dela, mas as munições não dispararam. “Penso que destruí duas famílias”, disse.
Incidente de insanidade mental 5ic6t
Durante todo o tempo, Messias disse que não estava bem psicologicamente quando cometeu o crime. Os testemunhos que antecederam o dele, de três irmãos,d o pai, da mãe de um primo também reforçaram que ele apresentava quadros depressivos e comentaram ainda que poderia ser resultado das pressões sofridas quando atuava como militar.
Com base nas declarações a defesa pediu um incidente de insanidade mental, procedimento para verificar a saúde mental do réu.
O juiz adiantou que negaria o pedido e, com base nos depoimentos das próprias testemunhas de defesa, explicou o porquê:
- Pontuou que as provas produzidas no processo apontaram que ele fazia aplicações financeiras na Bolsa de Valores;
- Era considerado protetor da família;
- Tinha consciência do que estava fazendo tanto que conduziu uma moto por 4 km após o crime;
- Entrou em contato com a mãe logo após os assassinatos.
“Tudo indica que ele tinha consciência do que estava fazendo”, enfatizou o magistrado
Testemunha de acusação 3y6x14
A mãe da vítima também acompanhou a audiência e conversou com a reportagem após o encerramento.