Instituições cobram ações urgentes para conter incêndios no Pantanal de MT 1h6h4k
MP instalou procedimento para apurar o por que de novamente os incêndios no Pantanal ficaram descontrolados, assim como em 2020 i6223
“O que aprendemos com os incêndios de 2020”? Esse foi um dos questionamentos feito durante a audiência pública na Procuradoria Geral de Justiça, nesta sexta-feira (17), a respeito dos incêndios neste ano no Pantanal, em Mato Grosso.
Algumas das ações cobradas aos órgãos ambientais foram o manejo de prevenção e MIF (Manejo Integrado do Fogo).
Entre as falas de destaque na audiência, está da professora da Unemat (Universidade Estadual de Mato Grosso), pesquisadora sobre o bioma, Catia Nunes da Cunha. Ela destacou que as medidas propostas ainda em 2020 não foram colocadas em prática, como pontos de água na Transpantaneira, que apenas um foi instalado. Veja o vídeo acima.
A promotora de Justiça, Ana Luiza Avila Peterlini, destacou que o Ministério Público do Estado instalou um procedimento para apurar o por que de novamente os incêndios no Pantanal ficarem descontrolados, assim como em 2020.
Participaram da audiência representantes do Corpo de Bombeiros, Sema (Secretaria de Meio Ambiente), produtores locais, além de ongs de proteção ambiental.
Segundo dados do LASA/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), os incêndios no bioma do Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, já consumiram 1 milhão de hectares.
Só nos primeiros 15 dias de novembro, foram 3.024 focos, o pior registro para o mês na série histórica desde 2002.

O Corpo de Bombeiros informou que 100 militares e 5 aeronaves, além de 11 embarcações, atuam no combate aos incêndios. No entanto, o representante da corporação negou que o cenário seja de devastação.
A superintendente do Ibama em Mato Grosso, Cibele Ribeiro, argumentou que só com ações preventivas os incêndios poderão ser mais facilmente controlados. Ela exemplificou com o caso do Parque de Chapada dos Guimarães, que não chegou a ter 10 hectares queimados neste ano, graças a ações de manejo preventivo.
A audiência foi presidida pela promotora de Justiça Ana Luiza Avila Peterlini de Souza e também contou com a participação do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, a Gerência Regional do Parque Estadual Encontro das Águas, representantes das prefeituras de Barão de Melgaço e Poconé, além de ongs de defesa do meio ambiente como Rede Pró-UC e Pantera.