Incêndio que viralizou durante o São João de Corumbá foi criminoso 2l4t53
Polícia Federal deflagrou Operação Arraial São João na manhã desta quinta (9) 2z164a
Um incêndio de grandes proporções deixou o céu de Corumbá vermelho no dia 3 de agosto de 2024 e provocou uma verdadeira muralha de fogo no Pantanal. Após investigações, a Polícia Federal constatou que as queimadas na região foram criminosas, e a multa pode chegar a R$ 65 milhões.
O incidente ganhou grande repercussão, especialmente porque o auge das queimadas coincidiu com o fim de semana do Arraial São João, uma tradicional festa junina da cidade. O vídeo da queimada, em específico, viralizou em várias regiões do Brasil.
As impressionantes imagens mostravam o contraste entre a celebração e a margem do Rio Paraguai em chamas.
Os suspeitos são acusados de incendiar uma área de aproximadamente 30 mil hectares para criação de pasto para gado, no Pantanal. Segundo apurado pelo Primeira Página, foram expedidos mandados de busca e apreensão para seis pessoas de uma mesma família.
Além disso, há indícios de manejo irregular de gado proveniente da Bolívia na área devastada. No Brasil, 6,5 mil hectares foram destruídos pelo fogo. De acordo com a legislação, a multa aplicada é de R$ 10 mil para cada hectare devastado. Se somados, o total aplicado em multas deve ar dos R$ 65 milhões.

Ao apurar a origem do fogo, a Polícia Federal se deparou com outros possíveis crimes e ou a investigar o uso de terras da União para a criação de gado e a suspeita de contrabando de bois da Bolívia. Entre os crimes apurados, a família pode responder por:
- Provocar incêndio florestal;
- Reduzir alguém a condição análoga à de escravo;
- Ocupar terra da União;
- Falsidade ideológica documental; e
- Associação Criminosa.
Operação Arraial São João 1l2k2e
Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Federal deflagrou a Operação Arraial São João para combater crimes de incêndio, desmatamento, exploração ilegal de terras da União, associação criminosa, entre outros, na região de Corumbá/MS.
A operação foi realizada em três locais: na residência da família suspeita, na área de assentamento onde essa família cria gado na fronteira, e na área queimada.
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Os investigados responderão pelos crimes de provocar incêndio em mata ou floresta, desmatamento e exploração econômica de área pública, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.
A multa estimada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) pela queima da área no lado brasileiro chega a quase R$ 65 milhões.
As áreas incendiadas no lado boliviano, apesar de originadas do mesmo foco de incêndio, não serão contabilizadas para fins de multa.
As investigações deste ano revelaram que a área queimada é frequentemente alvo de crimes ambientais e grilagem, com fraudes sendo realizadas junto a órgãos governamentais para apropriação ilegal das terras.
Outro incêndio criminoso 266t58
O Ibama aplicou outras duas multas que totalizam R$ 100 milhões a proprietários de uma mesma fazenda em Corumbá.
Os fazendeiros foram responsabilizados por dar início a incêndios que devastaram 333 mil hectares no Pantanal.
Após mais de 20 dias de investigação, os dois responsáveis foram identificados e multados por danificar a vegetação nativa do Pantanal ao utilizar fogo sem a devida autorização do órgão ambiental competente.
O incêndio causou danos ambientais severos à vegetação típica do bioma Pantanal e impactou diretamente a fauna silvestre, aumentando a mortalidade de animais e reduzindo os recursos alimentares e substratos essenciais para sua sobrevivência