'Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026', diz Bolsonaro a Moraes em depoimento 3d33l
Réu no processo penal sobre tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022, Bolsonaro convidou o ministro, relator do caso, para ser seu vice nas eleições gerais de 2026 3cg5b
O ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma brincadeira com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, durante o interrogatório do julgamento da trama golpista, nesta terça-feira (10).
Réu no processo penal sobre tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022, Bolsonaro convidou o ministro, relator do caso, para ser seu vice nas eleições gerais do ano que vem.

Em dois julgamentos em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (STF) tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos, por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação.
Durante o depoimento desta terça, Bolsonaro narrava como as pessoas o tratam nas ruas e questionou o ministro Alexandre de Moraes se ele gostaria de ver um vídeo com essas imagens. Em seguida, Moraes respondeu: “Declino”.
Em seguida, Bolsonaro então perguntou a Moraes se podia fazer uma brincadeira e Moraes respondeu – “O senhor quem sabe. Eu perguntaria os seus advogados”. Veja abaixo o momento.
O STF retomou o interrogatório dos réus do ‘núcleo crucial’ na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022. Bolsonaro é o sexto a ser ouvido. Ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como peça-chave da organização criminosa que atuou pela ruptura democrática.
O que rolou no 2º dia de audiência sobre trama golpista? 2f5w1t
O primeiro a prestar depoimento foi o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Segundo apurações da Polícia Federal (PF), o almirante teria oferecido suas tropas a Bolsonaro para apoiar iniciativas de caráter golpista.
A declaração do oficial teria sido feita durante uma reunião realizada em 2022 com os chefes das Forças Armadas. Na ocasião, Bolsonaro apresentou análises que sugeriam a decretação de estado de sítio e a execução de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante o interrogatório, o almirante negou que tenha disponibilizado as tropas da Força Aérea Brasileira (FAB) a Bolsonaro, conforme afirmou em depoimento o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior. “Não houve decisões. E o presidente não nos concedeu a palavra”, declarou.