Fiscalização multou 141 motoristas em ato antidemocrático na Duque de Caxias 9a20

Os órgãos de fiscalização da Capital identificaram e multaram 141 motoristas que utilizaram seus veículos para obstruir o tráfego na Avenida Duque de Caixas, durante os atos antidemocráticos em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste).

As multas começaram a ser aplicadas a partir de sexta-feira (18), após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) determinar que as forças policiais e órgãos de fiscalização, adotassem as medidas necessárias para desobstruir as vias que tiveram trânsito interrompido por conta dos atos, tanto nas estradas quanto na via urbana.

Policiais do BPTran (Batalhão de Militar de Trânsito), Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), GCM (Guarda Civil Metropolitana) e Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), atuaram para cumprir a determinação de Moraes.

De acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, o relatório com os nomes dos condutores já foi remetido ao STF. Videira confirmou que as infrações de trânsito foram aplicadas aos donos dos veículos, e outras eventuais penalidades, agora, são de competência do STF.

Primeiro relatório 296t1p

A Sejusp já havia encaminhado ao STF um primeiro relatório, com a identificação dos financionadores do ato golpista. No documento, formulado pelo serviço de inteligência da Sejusp, sete pessoas foram citadas como organizadoras dos atos bolsonaristas, entre eles estão um ex-prefeito, médica, pecuaristas e outros. No detalhamento sobre empresas financiadoras, sete foram pontuadas pelo sistema de inteligência da Sejusp.

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Além das empresas e os organizadores, cerca de 151 veículos foram fichados, sendo carros de eio, caminhonetes e caminhões, um desses de som, do tipo trio elétrico. Os primeiros documentos foram enviados ao STF no dia 9 de setembro deste ano.

Transtornos e discurso golpista 30582s

Desde o dia 31 de outubro quem tentar cruzar a Avenida Duque de Caxias, se depara com acampamento montado por eleitores que dizem não aceitar o resultado das eleições presidenciais no país. No canteiro, tendas e barracas, dividem espaço com caminhonetes, carros de eio e caminhões. Entre pedidos de intervenção militar e contagem pública dos votos, o ato é regado a churrasco.

Os transtornos causados pelo protesto com discurso golpista vão desde lentidão no tráfego, até o incômodo causado aos moradores da região, diante da queima de fogos e buzinaço. Somente na última sexta-feira (18), a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul começou a “isolar” o canteiro central da avenida, na tentativa de impedir que os manifestantes estacionassem na pista e continuassem atrapalhando o trânsito em uma das principais vias de Campo Grande.