Família e capoeiristas protestam no dia de 1ª audiência após morte de Raul 2i466b
Com cartazes, camisetas e muita ladainha - um dos termos usados para as músicas específicas da capoeira, grupo pede condenação de professor 505dx
Amigos e familiares do jovem Raul Pablo de Brum participaram, na tarde desta quarta-feira (20), em Campo Grande, de um protesto contra um professor de capoeira suspeito de abusar sexualmente de alunos. O suspeito responde por quatro acusações e a primeira audiência do caso está sendo realizada hoje.

Raul foi aluno do professor e, para a família, a morte do jovem, em outubro de 2020, tem ligação com o abuso sofrido.
Com cartazes, camisetas e muita ladainha – um dos termos usados para as músicas específicas da capoeira -, o grupo percorreu trecho da rua 25 de Dezembro e da Barão do Rio Branco, entre a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e o Fórum da capital.
Veja como foi:
A profissional de educação física Ariana Centurion Souza, de 36 anos, também foi aluna do professor suspeito e comentou sobre o protesto e também sobre o caso:
Na época, as vítimas eram maiores de 14 anos. O suspeito teria se aproveitado da condição social dos adolescentes para, em troca de aulas, uniformes e participação em competições, fazer sexo com as vítimas.
O professor de capoeira já foi condenado por estupro de vulnerável em 2020, porém, recorreu ao Tribunal de Justiça e aguarda em liberdade.
Leandro de Souza Bartziki, de 24 anos, primo de Raul, falou sobre a angústia na espera por respostas judiciais e também falou sobre a personalidade do primo e características do professor suspeito:
O caso 4u5y4s
O corpo de Raul foi encontrado no dia 03 outubro de 2020, às 11h, embaixo de uma ponte da reserva ambiental do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), um local de o .
Para a polícia, o caso é tratado como morte a esclarecer, mas com principal suspeita de que ele tenha tirado a própria vida. Já amigos e familiares de Raul afirmam que o jovem teria relatado, um ano antes, que havia sofrido violência sexual por parte do professor de capoeira e que não teria ado ver outras pessoas ando pela mesma situação.
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Neste quarta, na primeira audiência do caso, prestam depoimento três vítimas e duas testemunhas de acusação. O professor responde por quatro acusações, uma é o caso de Raul.
Novas vítimas estão aparecendo e deverão enfrentar o rito processual desde o início a partir do inquérito policial.
O acusado já foi condenado por estupro de vulnerável em 2020. Porém, recorreu ao TJ. Dos três desembargadores, dois votaram para manter a condenação de 9 anos e 4 meses e um, pela absolvição.
A defesa, então, aproveitou a divergência e entrou com o recurso de embargos infringentes. O tribunal aceitou e a decisão acabou reformada pela absolvição do suspeito. O MPE recorreu e o caso está no STJ, aguardando julgamento.
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A reportagem entrou em contato com o advogado responsável pela defesa do professor de capoeira e aguarda retorno.