Falta de internet em presídio de Mossoró cancela audiência com delator da Omertà 3o4w3r
Em papel higiênico, Kauê Vitor Santos da Silva descreveu plano de ataque a autoridades de MS, liderado pelos Name 321i4f
A falta de internet no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, levou ao adiamento de audiência com o traficante Kauê Vitor Santos da Silva, apontado com uma dos chefes do tráfico em Mato Grosso do Sul e delator de um plano de ataque a autoridades do estado, investigado no âmbito da operação Omertà.

O problema técnico impossibilitou que os réus que estão presos em Mossoró particiem da audiência por meio de videoconferência. Além de Kauã, estão no presídio federal Marcelo Rios e Jamil Name Filho, o Jamilzinho, acusados de integrar de milícia armada investigada pela força-tarefa, desde 2019.
Um dos implicados no processo é o presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Jerson Domingos. Conforme o advogado de Domingos, Leonardo Avelino Duarte, a data para uma nova audiência ainda não foi definida.
O bilhete 739u
Conforme a denúncia, além do presidente da corte, os outros mentores do plano seriam Jamil Name e Jamilzinho, líderes da milícia armada investigada na operação Omertà. Entre os alvos do atentado estava um promotor de Justiça, um servidor público do estado e o delegado titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro), Fábio Peró.
Vizinho de cela dos Name no presídio, Kauê descreveu em um papel higiênico os planos dos líderes da associação criminosa. As informações foram readas ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que, em junho de 2020, deflagrou uma das fases da Operação Omertá.
Na ocasião, Jerson chegou a ser preso, mas ganhou liberdade menos de 24h depois. Ao todo, o presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) é réu em seis ações derivadas da operação Omertà.
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Fuga e retorno à prisão 36321b
Em outubro de 2021, Kauê Silva aproveitou um benefício para fugir da prisão. Em abril do ano ado, contudo, ele foi recapturado em um hotel em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O traficante foi flagrado por agentes da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), quando voltava de um eio no Cristo Redentor. Da capital carioca, ele foi recambiado para o presídio de onde delatou os investigados de Mato Grosso do Sul.
Segundo a polícia, Kauê tem várias anotações criminais, incluindo tentativa de homicídio, roubo, tráfico de drogas, furto e posse ilegal de arma, além de responder a um processo por organização criminosa e tráfico de drogas.