Ex-PM vira réu por feminicídio contra a advogada Cristiane Castrilon 1k4k3f
O ex-PM Almir Monteiro dos Reis virou réu acusado de homicídio e fraude processual no feminicídio contra a advogada Cristiane Fonseca Castrillon 1t5h10
A Justiça Estadual aceitou a denúncia do Ministério Público contra o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, e ele virou réu pelos crimes de homicídio qualificado, estupro e fraude processual contra a advogada Cristiane Fonseca Castrillon, de 48 anos. Ele também terá que ar por uma avaliação psicológica.

A denúncia foi aceita pelo juízo da 12ª Vara Criminal. A decisão foi assinada pelo juiz Wladymir Perri, nessa quinta-feira (7). O magistrado também determinou que o acusado indique se quer ou não constituir advogado particular para sua defesa.
“Determino que seja o réu submetido à avaliação psicológica para aferir sua personalidade, isso em face do critério da dosimetria da pena referente às circunstâncias judiciais, de modo que, deverá o Sr. Gestor Judicial agendar com psicólogo deste fórum dia e horário que deverão comparecerem o acusado, ou então, arem por avaliação via vídeo conferência, para tanto, deverá ser intimado o denunciado e comunicado ao diretor da unidade prisional qual, eventualmente, se encontra, consignando, ainda, cujo laudo deverá estar aportado ao feito antes da sentença, antecipando assim para a hipótese do Tribunal do júri, caso venha ser pronunciado o increpado”. – Trecho da decisão
O juiz liberou uma das filhas de Cristiane para participar do processo. Determinou ainda a retirada de qualquer sigilo dos trâmites.
Segundo o magistrado, a materialidade do crime de homicídio encontrava comprovada através de inquéritos da Polícia Civil e laudo pericial. Já o crime de estupro ficou provado por meio da necropsia. O crime de fraude processual também ficou comprovado por meio de investigações e provas concretas.

Acusação 41142
Almir foi indiciado por homicídio quadruplamente qualificado, pela morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos. O trabalho de investigação durou 10 dias.
Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Edson Pick, o homem teria abusado da vítima.
O delegado informou que o ex-PM teria confessado o crime informalmente aos policiais. No entanto, quando foi ouvido em depoimento na delegacia, onde negou a autoria do crime.
Almir foi indiciado por fraude processual, já que tentou limpar a cena do crime e levou o corpo da mulher até o Parque das Águas, além de estupro, recurso que impediu a defesa da vítima e feminicídio.
Quem é o acusado 172p5x
Almir Monteiro é ex-policial militar e ingressou na corporação em 13 de novembro de 2000. Contudo, em 21 de março de 2013 foi instaurado processo istrativo para sua demissão por roubo.
A expulsão de Almir foi publicada no Boletim Geral Eletrônico n.º 1211, em 19 de março de 2015, que concordou com o relatório conclusivo do Conselho de Disciplina, que decidiu pela demissão do ex-policial.
No mesmo ano, a defesa de Almir apresentou um mandado de segurança contra a sua demissão. Na época, ele alegou que é portador de esquizofrenia, razão pela qual teria sido interditado judicialmente. Contudo, ele não conseguiu regressar à corporação.
Durante a coletiva de imprensa, o delegado Marcel Gomes de Oliveira disse que, em junho, Almir tirou a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) em junho deste ano. Esse foi uma das provas que indicam que, durante o crime, ele estava em plenas capacidades.
A prisão 2r2854
No dia 14 de agosto, a juíza da 6° Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro, determinou a mudança de prisão em flagrante para preventiva.
No dia seguinte, o suspeito foi transferido para um presídio militar em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, destinado a ex-policiais. Depois, foi transferido para a PCE.
No dia 28 de agosto, foi determinado, pelo juiz Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, que Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, fosse transferido para a cadeia pública de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. A unidade é destinada a ex-policiais que já cometeram crimes.
Na decisão, o magistrado afirma que o local é o único no estado, dentro da legalidade, que garante a integridade física e psicológica do preso, pois, caso fosse mantido na PCE (Penitenciária Central do Estado), haveria “derramamento de sangue”.
Encontro com outra mulher 102q1a
Câmeras de segurança mostram Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, preso pela morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, beijando outra mulher em frente a casa dele, 30 minutos após deixar o corpo da vítima no Parque das Águas, em Cuiabá. A mulher vista nas imagens, inclusive, atuou como testemunha nas investigações.
Segundo a testemunha, ela conheceu Almir por um aplicativo de relacionamentos e aquele era o terceiro encontro deles.
A Polícia Civil afirmou, durante coletiva de imprensa, que, ao ficar sabendo do crime, a mulher afirmou que, provavelmente, ela era a próxima vítima.