Ex-ministro faz em Campo Grande o primeiro júri após deixar STJ 2e6g4n
Ex-ministro do STJ está entre os sete advogados que vão defender os réus pela morte de Matheus Coutinho Xavier 5a5y23
O júri pela morte de Matheus Coutinho Xavier, crime investigado durante a operação Omertà, de combate a milícias armadas em Mato Grosso do Sul, tem pela primeira vez o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Nefi Cordeiro, atuando como advogado. As sessões começaram nesta segunda-feira (17) e tem previsão de durar até pelo menos quinta-feira.

“É uma alegria”, declarou Nefi aos jornalistas no plenário, onde os defensores se acomodavam para o início das audiências para julgamento de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Olmedo da Silva.
Depois dessa breve afirmação, pontuou que não dará entrevistas.
O ex-ministro do STJ atua ao lado de outro nome de peso na área criminal, Eugênio Malavasi, que tem centenas de júris em seu currículo. Nefi, paranaense de origem lidera uma banca de advogados em Brasília enquanto Malavasi é de Santos (SP).
Os dois representam o réu mais conhecido, Jamil Name Filho, de família influente por décadas em Mato Grosso do Sul, tanto socialmente quanto financeiramente. Em 2019, os Name viram alvo da Omertà, operação que descortinou a ligação da família com negócios sujos, da exploração dos jogos de azar à manutenção de um escritório de pistolagem para eliminar desafetos.
A acusação que Jamilzinho, como é chamado, é de encomendar a morte do pai de Matheus, o ex-policial Paulo Roberto Teixeira Xavier, como vingança por uma suposta traição envolvendo a negociação de uma fazenda que já foi da Associação do Reverendo Moon.
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Os outros dois réus, o ex-guarda civil metropolitano de Campo Grande, Marcelo Rios, 46 anos, e o policial civil aposentado Vladenilson Olmedo, 63 anos, são acusados de ter sido contratados para dar cabo à missão de matar o ex-policial.
Os pistoleiros, que não estão sendo julgados porque um morreu e outro sumiu, erram o alvo e acabaram atingindo Matheus.
A defesa de Jamil Name Filho tentou impedir a realização do júri, que teve três datas anteriores.
Na semana ada, houve nova tentativa de derrubar a audiência, com o questionamento da escalação do promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado, Gerson Eduardo, para atuar junto a outros três colegas.
O juiz presidente do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, negou o pedido. Não foi apresentado recurso.
Na sexta-feira, uma outra medida jurídica foi adotada, pedindo a anulação de provas obtidas pela operação Omertà. Esse pedido, em sigilo, ainda não havia sido apreciado até o fechamento desse texto.
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