No terceiro dia do júri na morte do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, o Primeira Página te explica como será realizada a dinâmica do julgamento, realizado nesta quarta-feira (19).
Só de debates entre defesa e acusação serão nove horas, no que está sendo chamado de “júri da década” em Campo Grande. É possível que hoje seja decidido, se os três réus são culpados pela morte de Matheus, assassinado em 9 de abril de 2019, numa emboscada cujo alvo original era o pai dele, o capitão reformado da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier.
Público aguardando terceiro dia do júri (Foto: Geisy Garnes)
Estão no banco dos réus Jamil Name Filho, 46 anos, Marcelo Rios, 46 anos, e Vladenilson Olmedo, 63 anos.
Jamil, mais conhecido como Jamilzinho, é acusado de chefiar a milícia armada que encomendou a morte de “PX”, apelido do pai de Matheus, e que acabou vitimando o estudante de 20 anos, por erro dos pistolerios, segundo a investigação. Marcelio Rios, ex-guarda civil e Vladenilson Olmedo, policial civil aposentado, são apontados como gerentes da empreitada criminosa. Todos alegam inocência.
Os pistoleiros não estão sendo julgados porque um, José Moreira Freires, morreu em confronto com a polícia do Rio Grande do Norte, e o outro, Juanil Miranda Lima, está sumido.
O cálculo acima foi feito pelo presidente do júri, o juiz Aluízio Pereira dos Santos. Na estimativa dele, a sentença sai por volta de 21h.
“Como o julgamento é complexo, acredito que vão usar todo o tempo que tem, de réplica e tréplica”, comentou o magistrado.