Deputado Trutis vira réu por falso atentado após supremo formar maioria 2q4122
Seis votos contra Trutis, foram suficientes para levar a julgamento por falsa comunicação de crime, porte e disparo de arma de fogo 3o4y20
O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para tornar réu o deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, o Trutis (PL), acusado de ter forjado o próprio atentado em fevereiro de 2020. A votação foi realizada nesta sexta-feira (12), em sessão virtual.

Até a publicação desta reportagem, votaram os ministros Rosa Weber, relatora do inquérito, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Edson Fachin e Carmen Lúcia, cujo voto, disponibilizado nesta noite, tornando o Trutis réu.
Seis votos dos 11 ministros contra o parlamentar e seguindo a relatora Rosa Weber, foram suficientes para levá-lo a julgamento por falsa comunicação de crime, porte e disparo de arma de fogo.
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O parlamentar não acreditava que fosse se tornaria réu, mas se recebesse a maioria dos votos como ocorreu, Trutis disse à reportagem que seria uma oportunidade para mostrar a verdade sobre os fatos.
Ainda não há data marcada para o próximo julgamento do então deputado, que poderá ser dado como culpado ou inocente das acusações – se algum ministro que já votou mudar o voto. O julgamento começou dia 5 de agosto e o prazo termina na próxima segunda-feira (15).
O réu, que é candidato à reeleição, caso seja condenado, deverá ter o atual mandato cassado e ficar inelegível por até oito anos. Se conseguir se reeleger, não deverá ser diplomado pela Justiça Eleitoral.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) o acusou pelos crimes de comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. Em seu voto, Rosa Weber disse ver indícios de que o deputado tentou explorar o episódio politicamente para promover bandeiras como porte de armas e a autodefesa por civis.
Entenda o caso 3l1v3g
O caso começou a ser investigado em novembro do ano ado, quando o deputado bolsonarista afirmou ter sido vítima de uma “emboscada” na rodovia BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande, em fevereiro de 2020. O carro que era dirigido pelo assessor Ciro Nogueira Fidelis foi atingido por tiros nos vidros traseiros e na lateral.
O próprio parlamentar postou imagens do veículo nas redes sociais e se dirigiu à Superintendência da Polícia Federal, onde formalizaram a denúncia de suposta tentativa de homicídio. No entanto, o parlamentar ou a investigado. Segundo a Polícia Federal, o atentado não ocorreu, portanto, não houve crime contra ele.