Começou: a hora da verdade para Hugleice e Jodimar, réus por matar Marielly após aborto 5a5f2w
Marielly foi encontrada em um canavial de Sidrolândia em maio de 2011, após dias desaparecida u4r2d
Às 9 horas desta quinta-feira, dia 15 de setembro, o Tribunal do Júri começou a julgar um dos casos mais emblemáticos casos de Mato Grosso do Sul: a morte de Marielly Barbosa durante um aborto malsucedido. Sentados no banco dos réus, Hugleice da Silva e o técnico de enfermagem Jodimar Ximenes Gomes, falam pela última vez sobre o crime que chocou o Estado em 2011.
O júri é realizado em Sidrolândia – a 70 quilômetros de Campo Grande – mesma cidade em que o abordo e a morte de Marielly aconteceram.
Jodimar, apontado como a responsável por fazer o aborto que deu errado, chegou amparado pela família. Já Hugleice veio escoltado de Rondonópolis (MT) onde cumpre pena por ter tentado matar a esposa, irmã de Marielly.
Na entrada, ele até parou para conversar com a imprensa, mas travou ao ouvir a primeira pergunta e saiu para conversar com a advogado. Hugleice é defendido pelo advogado José Roberto Rodrigues da Rosa. Ao Primeira Página ele explicou que o cliente nunca negou ter levado Marielly até Sidrolândia para fazer o aborto.
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Na versão dele, Hugleice e Marielly eram amigos, moravam no mesmo prédio e por conta do relacionamento dele com a irmã dela, tinha uma relação de confiança e proximidade. Por isso, a jovem procurou o cunhado e pediu ajuda para tirar o bebê que carregava.
“Através de um amigo, conhecido como Gaúcho, indicou o Jodimar Ximenes como a pessoa que fazia esse tipo de procedimento. Ele então marcou com ele e trouxe ela a Sidrolândia”, detalhou o advogado. Na época do crime, a polícia afirmou que Hugleice era o pai do filho de Marielly e teria pago o aborto para que a esposa não descobrisse a traição.
Hugleice chegou a um depoimento confessando isso, mas meses depois, já na fase judicial do processo, afirmou ter assumido a paternidade da criança sob coação. “O fato de ele ter tido esse relacionamento ou não, não aumenta a dose do crime, nem diminui, o crime aqui é ter auxiliado no aborto”, explicou o advogado.
Conforme Rosa, ao longo do processo, vários “pais” para o bebê apareceram, de filhos de políticos a advogados. “Orientei ele a falar a verdade, por pior que seja”. Para a defesa, os dois crimes julgados já prescreveram e por isso Hugleice não pode ficar preso se condenado.

Do outro lado 1a6224
Jodimar chegou amparado pela família e ao lado do advogado David Moura de Olindo. Desde o início das investigações, o técnico em enfermagem negou o crime.
Hoje, essa vai ser a tese defendida em plenário: Jodimar nunca tocou em Marielly. “Vocês vão saber hoje, ele tem sequelas da prisão, é surto de tanto apanhar na prisão. No começo do processo, o nome dele sequer aparecia nas investigações”.
O advogado reforçou que Josimar tem um salão de beleza e teve vários equipamentos de uso diário apreendidos sob alegação de que foram usados em abortos. Para a defesa, isso nunca existiu. “Ele é meio extravagante, tinha um monte de espátula, tem gente que tem um monte de chaveiro”.
Ainda conforme o advogado, vários outros pontos da perícia do serão rebatidos durante o julgamento desta quinta-feira. “A acusação vai ter que trazer essas informações e provar”.
