Caso Sophia: defesa de Christian pede anulação de atos e absolvição 5n536s
Advogados querem também que, caso não seja absolvido, réu não vá a júri popular 3t33g
Defesa de Christian Campoçano, padrasto da menina Sophia Ocampo, apresentou alegações finais nesta terça-feira (14). Entre os pedidos está a retirada da acusação de estupro e das qualificadoras de motivo fútil e meio cruel, além de nova audiência, anulação de depoimentos e que o réu não ser submetido a júri popular.
Em 18 páginas os advogados argumentam que as acusações tecidas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) são superficiais e genéricas, não revelando fato que realmente comprove que o padrasto tenha matado intencionalmente Sophia.
“Presume que Christian Campoçano Leithem é o autor do homicídio, sem comprovação efetiva da autoria, sem fazer qualquer correlação, seja por depoimento das testemunhas ou do próprio acusado em, de fato, participar do intento criminoso”.
Sendo assim, segundo os advogados, se não houve assassinato, logo, não existem as qualificadoras.
“Podemos afirmar que o Ministério Público não logrou êxito em comprovar a intencionalidade de Christian Campoçano Leithem, diga-se, a qualificadora, que é elementar do homicídio qualificado, não havendo que se falar em motivo fútil e tampouco meio cruel, em relação à conduta de Christian”.
Anulação de atos 1s1v1r
Na última audiência de instrução, ocorrida no dia 28 de setembro, tanto Christian quanto Stéphanie de Jesus, mãe da vítima, permaneceram em silêncio quando questionados pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos se gostariam de responder as perguntas formuladas pelo magistrado.
Ambos optaram por permanecer em silêncio sob a justificativa de que ainda havia conteúdo a ser anexado aos autos e, sem o conhecimento do que seria, não poderiam tecer autodefesa.
Eles se referiam a perícia feita nos celulares deles que ainda não estava concluída. O relatório ficou pronto no último dia 31 e houve decisão judicial favorável para que as defesas tivessem o integral.
No entanto, para os advogados do réu, só agora a audiência de instrução poderia ser feita, por isso pedem que todos o trâmite processual realizado após o fim de setembro seja anulado e nova audiência de instrução seja marcada.
“Atendendo os princípios do contraditório, ampla defesa, autodefesa, instrumentalidade das formas e até mesmo a plenitude de defesa não havendo hipótese de absolvição, que não vá a júri popular”.
Depoimento c6p69
Pede também que seja anulado o depoimento de Cybelle Amaral, amiga de Stephanie, arrolada como testemunha de defesa da ré. Nas perguntas que respondeu, a jovem disse que o autor dos abusos sexuais seja de fato Christian e contou que a amiga não era feliz ao lado do companheiro.
Para a defesa do réu, no depoimento a testemunha emitiu opinião e não apenas relatou o que viu e o que não viu no caso. Sendo assim, deve ser desconsidero como prova.
“Não há que se falar em narrativa essencial ao fato, pois a pergunta foi diretamente sobre o “achismo” da testemunha quanto ao fato imputado ao Christian, neste processo nenhuma prova foi produzida contra o mesmo, nenhuma outra testemunha foi capaz de atestar ou comprovar a autoria do mesmo”.
Absolvição 662470
Por fim, requer que Christian seja absolvido da acusação de estupro, tendo em vista que “restou demonstrado que o material genético encontrado é de outro homem”, além de que “a ruptura himenal teria acontecido a mais de 21 dias da data do falecimento”.
E, na hipótese de não haver absolvição integral da acusação de assassinato, que ele não vá a júri popular.
Caso 726p1t
Sophia morreu em janeiro deste ano, quando tinha apenas dois anos e sete meses, vítima de violência física e sexual. Perícia realizada nos celulares dos acusados revelou rotina de agressão não só a menina, mas também ao filho mais velho de Christian, criança fruto de relação anterior.
O menor, inclusive, estava com os avós paternos após a prisão do pai, mas semanas atrás foi levado a um abrigo por novamente ser vítima de violência, desta vez por parte do avô, segundo o MPMS.
Comentários (1) 3kf3p
Uma mentira bem contada nem mil homens falando a verdade é capaz de derrubar!