Bolsonarista que matou apoiador de Lula não tem problemas mentais, diz perícia 6ho27

O bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, preso em flagrante acusado de matar o apoiador do presidente Lula (PT), Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, ou por audiência de instrução e julgamento nesta quinta-feira (2). Foram ouvidas oito testemunhas, e o acusado também seria ouvido, mas preferiu ficar em silêncio na audiência.

Com a conclusão das investigações, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra Rafael por homicídio, praticado por motivo fútil, de forma cruel e com impossibilidade de defesa da vítima.

O processo seguirá para a sentença, onde o juízo decidirá se o réu será submetido a julgamento pelo júri popular.

• Candidatos falam sobre assassinato de apoiador de Lula por bolsonarista

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Relembre o caso c6n5a

O assassinato aconteceu em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, no dia 7 de setembro, depois de uma discussão entre os dois por política, em que a vítima defendia o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o investigado apoiava o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O MPE solicitou ao juízo a instauração do incidente de insanidade mental, já que existem elementos que indicam dúvida sobre eventual integridade mental do acusado à época do crime e ao momento atual.

O médico perito legista oficial doutor Pedro Henrique de Abreu Balata atestou que “não há evidências que possam afirmar que na data do delito cometido, o periciado era portador de transtorno psiquiátrico, doença mental ou perturbação da saúde mental”.

Conforme a denúncia, “agindo com desejo assassino matou Benedito Cardoso dos Santos por motivo fútil (consistente em uma discussão banal envolvendo preferências políticas), com emprego de meio cruel (causando maior sofrimento ao ofendido com uma brutalidade exacerbada usando faca e um machado) e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima (já que a vítima foi atingida pelas costas e, quando já estava caída ao solo sem poder oferecer resistência, foi golpeada várias outras vezes)”, diz trecho da denúncia.