Assassinos de jovem em Tangará da Serra são condenados a 19 anos de prisão w81u
Os restos mortais da vítima só foram localizados 7 meses depois do crime, no dia 02 de fevereiro de 2022. O júri popular ocorreu nessa quinta-feira (1º) 3i6y2a
Foram condenados em júri popular nessa quinta-feira (1º) os assassinos de João Vitor de Jesus Soares, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, em 2021, quando o jovem completou 20 anos. Weverton Ribeiro de Moura e Victor Pereira de Macedo foram acusados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto.

Na época do crime, cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil e presas acusadas de participação no homicídio. Os restos mortais da vítima só foram localizados 7 meses depois do crime, no dia 02 de fevereiro de 2022.
Nessa quinta, os três suspeitos foram a júri popular. O julgamento que durou 13 horas, foi acompanhado por familiares dos réus e da vítima que cobraram justiça.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a morte de João Vitor teria ocorrido após um desentendimento por ciúmes de uma mulher, em um bar, próximo a rodoviária de Tangará da Serra. Conforme consta no processo, os três utilizaram um taco de baseball para matar a vítima.
Para o júri, os réus afirmaram que no dia 25 de junho de 2021, João Vitor foi até a casa de Weverton, no centro da cidade, onde lá, Weverton e Victor teriam iniciado as primeiras torturas.
Vinícius Pereira, irmão de Victor, teria recebido uma ligação do irmão durante a madrugada do dia 26 de junho de 2021, pedindo para que ele fosse até a casa de carro, pois precisava de ajuda.

Ao chegar no local, os quatro seguiram para uma região de mata, na Serra Tapirapuã, onde foram aplicados mais golpes na vítima que acabou não resistindo aos ferimentos e morreu.
Para um dos advogados da defesa, Vinícius não teria participado do homicídio pois não teria golpeado a vítima, e sustenta ainda que Vinícius apenas estava no local errado e na hora errada, sendo utilizado como “mula” pelo irmão, para levar os três até a região de mata onde mataram João Vitor.
Durante o depoimento, Victor e Weverton afirmaram que Vinícius conduziu o carro até a casa de Weverton e que em seguida, quem assumiu a direção do veículo foi o irmão, Victor. Os réus também afirmaram diante dos jurados que Vinícius permaneceu o tempo todo dentro do carro, enquanto os demais suspeitos levaram a vítima para dentro da mata.
Segundo o relato, no caminho até o local onde a ossada foi localizada, no dia 02 de fevereiro de 2022, a vítima chegou a implorar pela soltura e tentou fugir, porém Victor e Weverton conseguiram segurá-lo e , para contê-lo, desferiram novos golpes na cabeça de João, quando o jovem morreu. Os dois deixaram o corpo da vítima, já sem vida, dentro da mata.
No outro dia do crime, Weverton e Victor voltaram a cena do crime para confirmar se a vítima estava morta.
O júri foi presidido pela juíza da 1ª Vara Criminal de Tangará da Serra, Edna Ederli Coutinho. A sentença só foi proferida após às 22h e resultou na condenação de Weverton e Victor, pelos crimes imputados e absolvição de Vinícius.
Na decisão, a juíza estipulou a pena de 19 anos para Weverton e Victor pelos crimes de homicídio qualificado – meio cruel e por recurso, o que dificulta a defesa da vítima -, furto – por levarem o celular e bicicleta da vítima – e ocultação de cadáver. Ambos em regime fechado. Já Vinícius foi absolvido.
As “duas” mulheres que foram indiciadas pela Polícia Civil, por serem suspeitas de participação no crime, tiveram os processos arquivados pelo Ministério Público pois não haviam provas que apontassem o envolvimento delas no crime.