Após 2 anos, empresária acusada de encomendar morte de marido vai a júri popular 2g2c2m
Interesse da empresária na herança e a tentativa de esconder outros relacionamentos teriam motivado o assassinato de Toni Flor, em 2020. 6ys34
O júri popular da empresária Ana Cláudia Flor está marcado para as 9h desta segunda-feira (17). Ela é acusada de mandar matar o marido, Toni Flor, em 2020. A audiência será no Plenário do Tribunal do Júri, em Cuiabá e será presidida pela juíza Mônica Perri, da 1ª Vara Criminal.

O assassinato 2h5h
Toni Flor era empresário e foi assassinado a tiros no dia 11 de agosto, quando chegava na academia, no Bairro Santa Marta, na Capital.
O atirador abordou o empresário em frente ao estabelecimento. De cabeça baixa, perguntou pelo nome dele e, ao responder, Toni foi baleado quatro vezes.
Ele correu para dentro da academia, onde foi socorrido e, depois, levado para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde morreu dois dias depois.
No início, a suspeita era de que a vítima tivesse sido confundida com um agente da Polícia Federal.
A arma do crime foi jogada no Lago do Manso.
Crime encomendado 3n6v5l
Durante as investigações, Ana Cláudia confessou ter pago R$ 60 mil para que os atiradores o matassem.
Segundo a polícia, o interesse na herança da vítima e a tentativa de esconder outros relacionamentos teriam motivado o crime, cometido por três homens.
O casal estava junto há 15 anos e tinham três filhas.

A mãe de Toni, posteriormente, solicitou uma ação na Justiça pedindo que a acusada fosse declarada indigna de receber a herança deixada pelo marido, não podendo, portanto, vender quaisquer bens que estivessem registrados no inventário judicial.
Ana Flor foi presa na Penitenciária Feminina ‘Ana Maria do Couto May’, em Cuiabá, em 19 de agosto do ano ado, durante a ‘Operação Capciosa’, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa).
O atirador foi preso antes, no dia 11 do mesmo mês. Já a mulher apontada como comparsa foi detida no dia 27 de agosto.
Depoimentos 3q5o42
À polícia, o homem que efetuou os cinco disparos contra Toni confessou que Ana Cláudia negociou R$ 20 mil com cada criminoso pelo assassinato.
Durante o depoimento de Ana Cláudia, algumas perguntas feitas por ela causaram estranheza à polícia, como o questionamento sobre imagens do local do crime e se apenas a confissão do atirador poderia condenar alguém.
Em 2019, Ana registrou um boletim de ocorrência onde afirmou que foi agredida por Toni, após ele flagrar uma conversa dele com outro homem por um aplicativo de mensagens.
A Polícia Civil informou, no avanço do inquérito, que apurava a ligação dos supostos amantes com o assassinato de Toni.
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Defesa a4x3b
O advogado que representa Ana Cláudia, Jorge Henrique Franco Godoy, informou à reportagem, por telefone, que a defesa pretende, a princípio, diminuir a pena, retirando os agravantes aos quais responde e, segundo ele, tentar até a absolvição.
“Vamos mostrar para o júri que ela sofria na mão do marido e que era vítima de agressões e vive em uma sociedade machista”, disse.