AO VIVO: Primeira Página transmite 2º julgamento da Operação Omertà 1h2s2e
Desta vez, os réus são acusados de executar Marcel Costa Hernandez Colombo, mais conhecido como “Playboy da Mansão”. 20311a
O Primeira Página fará a transmissão do julgamento e você pode acompanhar no link acima.
Começa a partir das 8 horas, no Tribunal do Júri de Campo Grande, o 2º julgamento da Operação Omertà, que investigou a atuação de uma suposta milícia armada no Estado.
Desta vez, os réus são acusados de executar Marcel Costa Hernandez Colombo, mais conhecido como “Playboy da Mansão”.
Um forte esquema de segurança será montado para o júri popular, que mobiliza mais de cinquenta pessoas, entre testemunhas, policiais, advogados e servidores da Justiça.

Os dois plenários do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande, serão utilizados para o julgamento. Em um deles, ficarão o juiz, promotores, defesa e jurados, enquanto o outro será destinado às pessoas interessadas em acompanhar os trabalhos.
O presidente da Segunda Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, responsável pelo júri popular, não permitiu a manifestação no prédio do fórum e nem o uso de camisetas com mensagens e fotografias da vítima.
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Pelas regras determinadas, cada parte terá direito a até cinco testemunhas, e o horário de depoimento delas será “agendado” para evitar eventuais tumultos. Os jurados escalados ficarão hospedados em hotéis durante a semana.

O júri popular deve durar quatro dias, mas, segundo o juiz Aluízio Pereira dos Santos, um dia a mais será reservado para casos de imprevistos. Conforme o magistrado, o caso envolve vários acusados e mobiliza muitas testemunhas e advogados.
A segurança também será reforçada dentro e na parte externa do fórum.

O protocolo seguirá as mesmas regras adotadas no primeiro julgamento da Operação Omertà, em julho do ano ado, e no julgamento do narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, em novembro de 2009. Por isso, foi pedido apoio de policiais militares e policiais penais federais.
Exceção do empresário Jamil Name Filho, que acompanhará o júri virtualmente, da Penitenciária Federal de Mossoró (Rio Grande do Norte), os outros três réus estarão presentes no plenário. Além de Jamilzinho, vão sentar no banco dos réus os ex-guardas municipais Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira, e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis.
Caso 726p1t
Segundo o inquérito, Jamil, Marcelo e Everaldo respondem por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e também por tentativa de homicídio contra Thiago do Nascimento Bento, amigo de Marcel que foi baleado no dia do crime. O ex-guarda civil metropolitano, Rafael, responde por porte ilegal de arma de fogo.
Marcel Hernandez Colombo, de 31 anos, foi executado com tiros de pistola enquanto conversava e bebia com amigos em um bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no dia 18 de outubro de 2018. O crime foi gravado por câmeras de segurança, que mostraram os assassinos chegando de moto e executando a vítima pelas costas.
O motivo da execução seria um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho ocorrido dois anos antes em uma boate da capital, após o qual Jamil teria prometido vingança.

Jamilzinho e os outros acusados já respondem na Justiça pela execução de Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos, em abril de 2019, um crime que resultou na morte do estudante por engano. Ano ado, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão por ser mandante do assassinato de Matheus, e Marcelo Rios também foi sentenciado à mesma pena por envolvimento no caso.
A morte de Colombo foi investigada pela Operação Omertà, que revelou a autoria do crime após desvendar os responsáveis pela execução de Matheus. As investigações apontaram que ambos os crimes foram ordenados pelas mesmas pessoas e executados pelos mesmos pistoleiros, com os mandantes sendo Jamil Name Filho e seu pai, Jamil Name, que faleceu durante a pandemia de COVID-19.
Marcelo Rios teria a tarefa de contratar pistoleiros, e Everaldo foi responsável por monitorar a rotina da vítima.

Marcel Colombo já havia sido alvo de uma operação da Polícia Federal (Operação Harpócrates) em dezembro de 2017, que investigou a importação ilegal de produtos do Paraguai, resultando na apreensão de cerca de duzentos mil reais em produtos ilegais.
Ele chegou a ficar alguns meses na cadeia sendo solto. Juanil Miranda Lima, acusado de ser o atirador, está foragido.