Acusado de dar R$ 40 mil para matar Zampieri, coronel do Exército dá versão dele; confira 2e681o

Morador de Minas Gerais, Etevaldo Caçadini está preso em Cuiabá alvo de uma investigação de esquema de venda de sentenças em favor de grileiros de terras 6i4rl

Preso desde janeiro de 2024, o coronel reformado do Exército, Etevaldo Caçadini, apontado como financiador do assassinato do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, em Cuiabá, disse, em entrevista concedida ao Primeira Página, sob intermédio da defesa, que está enfrentando graves problemas de saúde e que não sendo devidamente tratados na prisão.

Morador de Minas Gerais, Caçadini está preso em Cuiabá alvo de uma investigação de um esquema de venda de sentenças no TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) em favor de grileiros de terras, que teve como ápice o assassinato de Roberto Zampieri.

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Coronel Etevaldo Caçadini é de MG e foi levado para Cuiabá, onde ocorreu o crime do qual é apontado como financiador

Etevaldo Caçadini tem 70 anos, é coronel reformado do Exército e antes da prisão possuía duas empresas. Uma voltada a equipamentos de esportes radicais e outra a treinamento de pessoas na área de segurança.

Patriota, nacionalista e ultraconservador, o militar ao longo da vida foi um ufanista da direita que sempre defendeu os movimentos liberais brasileiros.

A defesa já argumentou à Justiça que o coronel faz tratamento contra o câncer em tratamento e apresenta lesões articulares no joelho, além de sofrer com a apneia do sono.

A conclusão da Polícia Civil é de que o produtor rural Aníbal Manoel Laurindo, que é amigo de Caçadini, foi um dos mandantes do crime, supostamente financiado pelo coronel aposentado.

A defesa já argumentou à Justiça que o coronel faz tratamento contra o câncer em tratamento e apresenta lesões articulares no joelho, além de sofrer com a apneia do sono.

De acordo com as investigações, Aníbal mantinha ligação direta com o coronel Luiz Caçadini.

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O policial Hedilerson Barbosa e Antônio Gomes, apontados como intermediário e executor do crime, respectivamente – Foto: Instagram/Reprodução

O coronel, por sua vez, tinha contato com os executores do homicídio, que foram sido indiciados em fevereiro de 2024. A polícia reuniu provas que confirmam essa cadeia de envolvimento, estabelecendo a conexão entre o mandante, o intermediário e os atiradores.

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Roberto Zampieri foi morto em 2023

Confira a versão do coronel Caçadini em relação à morte de Zampieri, de forma cronológica:

O que ligou o coronel Caçadini à morte de Zampieri (segundo ele) 385k2f

Início do caso 3v3t5w

O coronel Caçadini pediu a Hedilerson Barbosa, que trabalhava com ele, a indicação de um pedreiro para fazer uma reforma no escritório dele, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Contratação do pedreiro 4e6q3m

Hedilerson Barbosa trouxe o senhor Antônio (que frequentava seu Clube de Tiro) para conhecer o coronel.

Antônio deu o preço de R$ 40 mil para uma reforma geral, com pagamento em duas parcelas de R$ 20 mil.

Conversa Após o Acordo 396c27

“Tá vendo todos esses troféus, placas e medalhas Antônio? O coronel comandou o 12º de Montanha, manda no Exército de Minas, foi subsecretário de Inteligência do Governador Zema, possui um prestígio e grande influência no Estado. Já falei que, quando acontecer alguma encrenca comigo, chamo o coronel Caçadini.”

– Hedilerson para Antônio após a reunião

Problemas em Cuiabá 2k3s39

Antônio foi a Cuiabá, fez um trabalho ruim (“lambança”) e foi preso junto com Hedilerson.

Ficaram três dias sob tortura física e psicológica de um delegado, que, segundo ele, já tinha histórico desse tipo de ação em Belo Horizonte/MG).

Lembrança do coronel 17p1y

Durante a tortura, segundo o coronel, Antônio lembrou do que Hedilerson havia dito no escritório e mencionou o nome do coronel Caçadini para tentar se livrar do sofrimento.

Ele registrou isso em uma carta de próprio punho endereçada ao coronel.

O que a defesa sustenta? 2j6k41

Os principais argumentos da defesa do militar para que ele fique em liberdade condicional são de, tanto a prisão dele quanto a manutenção sob custódia, são injustas. Veja:

Vícios processuais graves: ausência de provas materiais conclusivas que liguem o acusado diretamente ao crime, além da suposta violação das provas colhidas.

Contexto político: o militar afirma ser vítima de perseguição política pelas manifestações ideológicas dele, motivada pela ligação dele a movimentos patrióticos e críticas públicas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Saúde frágil: a defesa sustenta que as condições físicas devido à idade e à doença grave deveriam ser consideradas pela Justiça para conceder a prisão domiciliar ao acusado, conforme o entendimento já adotado no caso do Aníbal, apontado como mandante.

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