Ação sobre morte de menina Sophia entra em fase decisiva 375z3a
A criança foi morta aos 2 anos e sete meses; mãe e padrasto são acusados pelo crime 6g2b
Ação penal sobre o caso Sophia entrou em fase decisiva. O juiz Aluízio Pereira dos Santos intimou assistência de acusação e defesa para que apresentem as alegações finais. O próximo o, após o recebimento, será analisar os argumentos e decidir sobre o julgamento.

Os réus, Stéphanie de Jesus e Christian Campoçano, mãe e padrasto de Sophia Ocampo, são acusados pela morte da menina constatada em 26 de janeiro deste ano, data em que foram presos. À época ela tinha dois anos e sete meses.
O crime ganhou repercussão nacional tanto pela crueldade dos fatos, quando pela trama que, segundo o pai da pequena, Jean Ocampo, foi marcada por omissão do Conselho Tutelar e do poder público.
Um boletim de ocorrência por agressão chegou a ser registrado meses antes do assassinato. Na ocasião, Christian havia chutado a perna de Sophia que sofreu fratura incompleta de tíbia. Episódio, inclusive, que gerou processo à parte sob acusação de maus-tratos.
O filho do réu, um menino fruto de casamento anterior, confirmou em depoimento à polícia que o pai agrediu a meia-irmã, resultando na lesão. Ambos os acusados aram por duas audiências de instrução, seriam ouvidos na última, realizada no fim de setembro, porém preferiram permanecer em silêncio.
Agora poderão falar somente no julgamento. Pouco antes do pedido do magistrado pelas alegações finais, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), pediu, ao longo de 46 páginas, que a dupla seja levada a júri popular.
Para os promotores de Justiça Lívia Carla Guadanhim Bariani, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, José Arturo Iunes Bobadilla Garcia e Luciana do Amaral Rabelo, as provas são robustas o suficiente para condená-los pelo crime.
Os dois são acusados de homicídio agravado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, com implicações por se tratar de crime hediondo. Christian soma acusação de estupro de vulnerável.