Abril Verde: campanha reforça importância de um ambiente de trabalho seguro 4y6f6

Segundo dados do Ministério Público do Trabalho, no ano de 2022 Mato Grosso do Sul registrou 10 mil acidentes de trabalho, com 58 mortes 1v55t

Desde 2005, o mês de abril é destinado a conscientização da importância de um ambiente de trabalho seguro. O Abril Verde, como a campanha é chamada, tem com objetivo discutir os dados alarmantes de acidentes e de doenças ocupacionais no país, mas além disso, provar que o cuidado e a prevenção são a chave para um ambiente de equilíbrio para empregados e empregadores.

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Juíza do trabalho Hella de Fátima Maeda, gestora do programa ambiente de trabalho seguro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Foto: Liniker Ribeiro)

? Ouça abaixo entrevista da juíza do trabalho Hella de Fátima Maeda para a Morena FM: z4a63

Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, do MPT (Ministério Público do Trabalho), no ano de 2022 Mato Grosso do Sul registrou 10 mil acidentes de trabalho, com 58 mortes.

Entre os profissionais mais afetados estão os do atendimento hospitalar: 690 acidentes com técnicos de enfermagem e 167 com enfermeiros.

Em entrevista ao Papo das Sete, a juíza do trabalho Hella de Fátima Maeda, gestora do programa ambiente de trabalho seguro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, reforçou que os problemas estão diretamente ligadas as naturezas da atividade e que por isso, os cuidados devem ser reforçados.

“É um setor bastante sensível onde a gente detecta que há realmente um número expressivo de acidentes e doenças ocupacionais em razão da própria natureza da atividade, que é uma atividade que demanda do trabalhador no sentido de muita atenção, de gera um estresse mais excessivo, e tudo isso deve ser analisado no ambiente de trabalho para que o empregador possa trabalhar com os meios de prevenção dentro daquele contexto”.

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Juíza do trabalho Hella de Fátima Maeda em entrevista ao Papo das Sete (Foto: Liniker Ribeiro)

O mesmo se reflete em outros setores, como os dos motoristas de caminhão e de ônibus rodoviário.

“A atividade do motorista profissional inclusive é considerada de risco por causa das condições das estradas. Então falta realmente ali um olhar mais sensível para essa questão das estruturas das estradas; falta de acostamento, buracos nas estradas, tudo isso gera um risco maior no desenrolar dessa atividade e que gera muitos acidentes, que não afetam só a vida do profissional que está ali, mas também da sua família e de todas as outras pessoas que utilizam essas rodovias”.

Caldeireiro, soldador, pedreiro, operador de máquinas de construção civil e mineração, e trabalhador volante da agricultura também estão entre funções com mais casos de acidente de trabalho. Nesses setores, outro dado preocupa: a cada 10 acidentes, sete ocorreram com homens jovens, dos 18 a 24 anos.

Segundo a juíza, isso acontece porque as profissões ainda são exercidas predominantemente por homens e que neste caso, a legislação obriga o uso de equipamentos de segurança.

“É importante a concessão do equipamento de proteção, além disso a utilização pelo trabalhador e a fiscalização da utilização desse equipamento. É uma obrigação do empregador fornecer esse equipamento de proteção, é uma obrigação dele também fiscalizar a utilização e é um dever do trabalhador fazer o uso desse equipamento”.

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Nos últimos 10 anos, Mato Grosso do Sul gastou R$ 387 milhões com auxílio-doença e R$ 609 milhões com aposentadoria por invalidez, um valor que poderia ser reduzido consideravelmente se os investimentos fossem destinados a prevenção dos acidentes.

“É muito importante a gente trabalhar com a prevenção de acidente. Porque trabalhando com a prevenção a gente garante não só a saúde, a vida do trabalhador, mas também para a empresa acaba sendo muito favorável porque ela consegue economizar com gastos. O trabalhador quando fica doente, quando ele sofre um acidente, ele se afasta das suas atividades e necessidade, as vezes, da contratação de um outro profissional, além disso, o acidente de trabalho e a doença ocupacional geram gastos previdenciários, um valor que a gente poderia investir em outras áreas, como segurança, saúde e educação”.

As vítimas são lembradas todos os anos em 28 de abril, Dia Mundial e Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Mas o mês também é destinado as ações para o fim definitivo do trabalho análogo à escravidão, um compromisso mundial que é reforçado no Abril Verde.

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