"A dor ainda é a mesma", lamenta mãe de Rodrigo Claro 6 anos após sua morte 2v5j4n
Rodrigo morreu após ser submetido a uma série de "caldos", durante um treinamento de salvamento aquático realizado na Lagoa Trevisan em 2016, em Cuiabá. 5h5z1v
Jane Patrícia Claro, mãe do aluno do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, utilizou o perfil dela no Instagram nesta terça-feira (15), para relembrar os seis anos da morte do filho. O jovem morreu após ser submetido a uma série de “caldos”, durante um treinamento de salvamento aquático realizado na Lagoa Trevisan em 2016, em Cuiabá.

“É meu menino, completa hoje 6 anos que você deixou a mãe, 6 anos que brutal e covardemente lhe tiraram o direito de viver”, diz trecho de publicação.
Rodrigo morreu no dia 15 de novembro de 2016, cinco dias depois de ar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, na qual a 1ª Tenente BM Izadora Ledur de Souza Dechamps atuava como instrutora.
De acordo com a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.
Depoimentos colhidos durante a investigação apontam que ele foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude, ainda segundo o MPE, teria sido a forma utilizada pela tenente para punir o aluno pelo mal desempenho.

Em agosto, a 11º Vara Criminal de Cuiabá Especializada em Justiça Militar emitiu sentença prescrevendo o crime de Izadora Ledur, livrando-a da condenação do crime de tortura com resultado na morte do aluno e arquivando o caso. Como sentença, ela deverá cumprir um ano de prisão pelo crime de maus tratos.
Após a decisão a família de Rodrigo emitiu nota lamentando que eles foram os únicos penalizados. Em sua postagem na rede social, Jane ressalta que apesar de ados seis anos da morte do filho, a dor da perda ainda é a mesma.
“Nesses 6 anos tantas coisas aconteceram, tantas coisas tenho vontade de partilhar com você, por momentos cheguei a me esquecer que você já não estava mais aqui. Já se foram 6 anos sem você meu filho, mas tudo parece ter acontecido ontem, a dor ainda é a mesma e dói com a mesma intensidade ou mais ainda”, disse.
Por fim, a mãe do jovem pediu para que ele cuide dela e dos seus irmãos. O pai de Rodrigo, o tenente aposentado do Corpo de Bombeiros, Antônio Claro, de 48 anos, morreu afogado em uma caixa d’água no quintal da casa onde morava na capital no final do ano ado.
“Filho, cuida de nós ai de cima, interceda principalmente pelos seus irmãos que nunca esqueceram de você, interceda pela sua mãezinha que chora por dentro dia e noite a sua falta. (…) A mãe nunca deixou de te amar. A mãe nunca esqueceu ou vai esquecer você. A mãe te amará para sempre”, finalizou.