4 anos separam depoimentos polêmicos de Eliane sobre milícia armada 5v2d29

Eliane Benitez Batalha alegou no júri pela morte de Matheus Coutinho Xavier que foi coagida durante depoimento crucial dado em maio de 2019 6x38s

Testemunha-chave da operação Omertà, de combate a milícia armada acusada de crimes de pistolagem em Mato Grosso do Sul, Eliane Benitez Batalha prestou depoimento nesta terça-feira (18) no júri popular pela morte de Matheus Coutinho Xavier, estudante assassinado no dia 9 de abril de 2019, aos 20 anos. Ela voltou a negar o depoimento prestado em maio daquele ano a promotores e um delegado.

O Primeira Página recuperou esse depoimento e você vai poder conferir no link abaixo, toda a fala dela à época, em 1h20 de depoimento.

O depoimento 27k6d

Em resumo, Eliane Benitez Batalha repetiu suas falas nos depoimentos na fase de instrução processual, desmentindo o conteúdo de depoimento tomado no dia 22 de maio de 2019, quando estava abrigada no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo Banco, Assaltos e Sequestros), em Campo Grande.

De frente para os juiz e ao lado dos jurados que vão decidir sobre a culpa dos três réus, Eliane chorou e voltou a acusar de tortura os policiais com quem ou cinco dias, até desistir de colaborar com a investigação, conforme a versão oficial.

Ao júri, Eliane se apresentou como ex-esposa de Marcelo Rios, que na época da morte era guarda civil metropolitano de Campo Grande e segurança da família Name.

Confira na cobertura em tempo real do Primeira Página o que ela falou nesta terça-feira.

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E na vez anterior? 2b6q4w

No depoimento de maio de 2019, ela começa a conversa dizendo que os crimes atribuídos à milícia armada eram de conhecimento dela. Contou que, ouvia muitos telefonemas. Embora fosse usada linguagem cifrada, afirma ter acompanhado a movimentação para aa preparação de crimes.

No depoimento, Eliane contou aos grupo de autoridades que viu o armamento apreendido com Marcelo Rios, em 19 de maio de 2019, quando ele foi preso, um mês depois da morte de Matheus.

Logo na primeira pergunta de um promotor, diz que Marcelo Rios trabalhava havia quatro anos com a família Name. No começo, recebia R$ 625 por semana, valor aumentado, segundo ela, para R$ 1.224,00, o equivalente a cerca de R$ 5 mil por mês.

Segundo declara, o trabalho inicialmente envolvia fazer compras e até lavar a varanda da família Name. Com o tempo, disse Rios ou a cuidar especificamente de Jamil Name Filho.

Disse ter ouvido falar principalmente do assassinato do empresário Marcel Hernandes Colombo, 31 anos, um antigo inimigo de Jamilzinho- e da morte, por engano, de Matheus Costa Xavier, objeto do júri em andamento.


Nervosismo 5m3t4r

Na gravação, depois do erro de alvo no caso de Xavier, o marido ficou mais nervoso que o normal. De acordo com a fala dela, Rios deveria ter “contratado” equipe diferente para cometer a execução, mas acabou chamando os pistoleiros “de sempre”. Não soube declinar nomes.

Para a força-tarefa que investigou o caso, trata-se de José Moreira Freires, o “Zezinho”, e Juanil Miranda Lima, que fugiram depois da morte de Matheus. Zezinho morreu em dezembro de 2020, em confronto com a polícia do Rio Grande do Norte. Juanil nunca foi localizado e a suspeita é de que esteja morto.

No relato feito em maio de 2019, Eliane afirmou que percebia mudança no comportamento do marido quando ocorriam execuções. “Não comia nem dormia”, declara no vídeo.

Eliane disse ter sido coagida a abandonar a própria casa e alugar outra, onde teria de usar celular fornecido pelo grupo de extermínio e manter contato apenas com quatro protetores. Entre eles, citou o advogado Alexandre Franzoloso, denunciado como participante da milícia e inocentado pela Justiça.

A mulher, como você pode ver no vídeo acima, disse ter sido orientada a “não se envolver” no assunto, depois da prisão de Marcelo Rios com o armamento.

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Quando a gravação se encaminha para a parte final, Eliane informa que o marido deu autorização para falar com a polícia. Teria dito, na versão dela na época, que queria “contar tudo”.

No fim da gravação, a testemunha se emociona ao falar do medo sentido de ver o marido morto.

Na época desse depoimento, estava sendo negociada a colaboração premiada do casal e a inserção de Eliane no programa de proteção a testemunhas. Esse tramite não avançou, por desistência dos dois, segundo informado oficialmente pelas autoridades.

A mulher foi liberada e o marido continuou preso. Rios foi condenado em duas ações da operação Omertá, por integrar organização criminosa e por posse de armamento ilegal.

Está cumprindo pena no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

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