Conheça jogo digital que combina ritual indígena e defesa da Amazônia 36m13
“Kawã na Terra dos Indígenas Maraguá” foi produzido por grupo de pesquisa da UFSCar e coloca em formato eletrônico as tradições culturais do povo Maraguá 6ns2k
Destinado a alunos e professores de escolas de educação infantil e ensino fundamental I, o jogo digital “Kawã na Terra dos indígenas Maraguá” tem como tema a revitalização das línguas, mitos e tradições indígenas e a defesa da Amazônia, para subsidiar práticas de alfabetização e letramento interdisciplinares.

O jogo foi produzido pelo Leetra (Laboratório de Pesquisa Linguagens) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), que tem entre suas linhas de pesquisa o estudo de línguas e literaturas indígenas e o letramento e comunicação interculturais. O projeto também foi apoiado pela FAPESP.
Segundo a pesquisadora Maria Silvia Cintra Martins, professora sênior do departamento de letras da UFSCar e que lidera o Leetra, no jogo estudantes e professores encontrarão elementos culturais típicos da cultura tradicional do povo Maraguá.
Além disso, vão identificar elementos que hoje fazem parte da luta política dos Maraguá em defesa de suas terras e da luta global pela sustentabilidade do planeta e a preservação dos animais.
Os Maraguá vivem no Baixo Amazonas, nas margens do rio Abacaxis (afluente da margem direita do Amazonas, entre o Madeira e o Tapajós), divididos em três aldeias no município de Nova Olinda do Norte, no Amazonas.
No jogo, Kawã a primeiro pelo ritual do Wakaripé, ao qual as crianças se submetem com cerca de 10 anos, e que marca a transição da infância para a vida adulta. Depois, aos 15 anos, enfrenta o ritual bem mais desafiador do Gualipãg, que credencia o indivíduo a se tornar caçador-guerreiro-chefe.
A pesquisadora fala que os Maraguá se orgulham de ser grandes guerreiros, caçadores destemidos e pescadores habilidosos. Como acontece com outros povos indígenas, suas tradições culturais incluem a arte de fabricar vasilhas de cerâmica, pinturas corporais e ritos de agem para a idade adulta.
Esses ritos, que exigem provas de coragem e autossuperação, ecoam o padrão arquetípico da “jornada do herói”, que foi explorado por Maria Silvia Cintra Martins na roteirização do jogo.
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