Relicitação da BR-163, duplicação total e anel viário de Campo Grande 251x1l
ANTT realizou duas audiências públicas sobre a Rota do Pantanal, trecho de 379,6 quilômetros da BR-163 que vai de Campo Grande até a divisa entre MS e MT 6z2s4z
Depois de duas audiências públicas realizadas nesta semana pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) sobre a BR-163 em Mato Grosso do Sul, dois clamores ficaram mais que evidentes: a duplicação total da rodovia que corta o estado de norte a sul e a situação do anel viário de Campo Grande, que está dentro do perímetro urbano.

A última sessão sobre a concessão da Rota do Pantanal, trecho de 379,6 km da BR-163 que vai do entroncamento com a BR-262 em Campo Grande até a divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (na ponte sobre o rio Correntes), foi realizada nesta sexta-feira (24), em Brasília, de forma híbrida (presencial e virtual). A outra, presencial na Alems (Assembleia Legislativa), ocorreu na tarde de terça-feira (21).
Em ambas audiências públicas, várias autoridades questionaram o fato de o projeto da Rota do Pantanal prever apenas 63 km de duplicações. Atualmente, esse trecho norte da BR-163 tem 102 km duplicados. Ou seja, ainda restariam 214 km com pista simples.
Isso tudo com pedágio mais caro do que é cobrado pela CCR MSVia, que istra a rodovia atualmente e pediu rescisão do contrato de concessão:
- Jaraguari: de R$ 6,10 (valor atual) para R$ 14,48 (tarifa teto proposta);
- São Gabriel do Oeste: de R$ 5,90 (valor atual) para R$ 19,02 (tarifa teto proposta);
- Rio Verde de Mato Grosso: de R$ 7,80 (valor atual) para R$ 11,71 (tarifa teto proposta);
- Pedro Gomes: de R$ 5,80 (valor atual) para R$ 14,10 (tarifa teto proposta).
Uma das representantes da ANTT justificou que a duplicação total da BR-163 em Mato Grosso do Sul resultaria em um aumento de R$ 4 a R$ 5 na tarifa de pedágio a cada 100 quilômetros. Por isso, para não prejudicar o usuário, a proposta de 84 km de faixas adicionais em pista simples nos trechos com volume de tráfego mais reduzido.

E o anel viário de Campo Grande? 6j1c66
Dos 63 quilômetros de novas duplicações propostos para a Rota do Pantanal, quase 25 km estão no anel viário de Campo Grande, que vai do entroncamento com a BR-262 (rotatória da saída para São Paulo) até a rotatória da saída para Cuiabá. Além disso, tem mais 5 km de adequação de duplicação na capital – sentido Jaraguari – no trecho entre o polo empresarial norte até o entroncamento com o outro trecho do anel viário.
Reforçando o clamor por um novo traçado para o anel viário manifestado anteriormente por várias autoridades, a diretora-presidente da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Berenice Maria Jacob Domingues, participou da audiência desta sexta-feira em Brasília de forma presencial.
A representante da prefeitura de Campo Grande destacou o crescimento populacional na área por onde o anel viário a e o conflito do tráfego rodoviário com o tráfego urbano. Além disso, questionou vários pontos do projeto, como a previsão de apenas 100 metros de via marginal e de três arelas para pedestres. “Por todos os pontos listados, a gente pede que a ANTT leve em consideração a possibilidade e necessidade do novo traçado para o anel viário”, afirmou Berenice ao fim da fala.
“Sabemos que tem discussão sobre um novo anel viário, mas num primeiro momento [a duplicação] foi avaliada como opção menos onerosa por ter espaço para duplicação, seria solução mais otimizada num primeiro momento, considerando as condições da rodovia e projeção de crescimento vegetativo.
Existe essa possibilidade diante da expansão, podemos refinar os estudos, fazer uma nova avaliação, com perspectiva do contorno. Cálculos preliminares com a substituição da solução atual de duplicação pelo novo contorno tem gerado aumento de aproximadamente 11% sobre a tarifa de pedágio, que corresponde a R$ 1,50 a cada 100 km. Hoje, tarifa de R$ 13,60 a cada 100 quilômetros chegaria R$ 15,10 a cada 100 quilômetros com base bastante preliminar, teria que refinar os estudos”, explicou um dos representantes da ANTT durante a sessão.
Para viabilizar a mudança do traçado do anel viário sem impactar no pedágio, uma sugestão que foi dada na audiência é contrapartida da prefeitura ou do governo do estado.
Leia mais n1u6n
Próximos os 5f4c41
Ao fim da audiência pública, a ANTT prometeu analisar todas as sugestões e ponderações para dar andamento ao processo de relicitação da BR-163. A previsão é que o leilão da Rota do Pantanal seja realizado no 2º trimestre de 2024 e o novo contrato de concessão seja assinado no 3º trimestre do mesmo ano.
Rota do Tuiuiú 3o181n
A parte sul da BR-163, que vai de Campo Grande até a divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraná, mais o trecho da BR-267 entre Nova Alvorada do Sul e a divisa com São Paulo, constituem a Rota do Tuiuiú, totalizando 715,05 km. Esse projeto ainda está em fase de estudos.