3ª reportagem de série expõe problemas na mobilidade urbana de Cuiabá 1o6k2b

Cuiabá é uma metrópole que sofre com um transporte coletivo que não comporta as necessidades dos mais de 690 mil habitantes que tem. Sem ter como se locomover de forma ágil e confortável, a população opta por comprar cada vez mais veículos e, em um efeito cascata, há o aumento do trânsito e consequentemente dos acidentes.

A 3ª reportagem da série ‘Planejamento Urbano’, do Primeira Página e da TV Centro América, traz nesta terça-feira (14) informações sobre a mobilidade urbana de Cuiabá. Para planejar como a cidade vai crescer nos próximos anos, é fundamental pensar: por onde as pessoas que vivem nela vão ar? Entre 6h30 e 7h30, o horário é considerado de pico, e as filas se tornam longas nas avenidas.

Se está apertado, a primeira coisa que se pensa é criar mais espaço. Doriane Azevedo é pesquisadora e professora da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e explica de que forma a falta de mobilidade urbana impacta diretamente na vida da população.

“Nós temos muitas cidades que ampliam demasiadamente um sistema viário, pensando exatamente no transporte individual e nunca, nunca tem fim. A priorização deveria ser os modais, mobilidade ativa, pedestres e ciclistas e transporte público coletivo”, disse.

De acordo com uma pesquisa de amostragem da Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá, feita no cruzamento entre as avenidas Beira Rio e Fernando Corrêa – próximo a ponte sobre o Rio Coxipó, a cada 10 veículos que am, oito são particulares, e a maioria com uma pessoa só dentro.

Hoje quem usa o transporte coletivo em Cuiabá, não se sente prioridade. Muito pelo contrário. O que se vê são ônibus lotados, não tem lugar para sentar, não tem rampa, não tem elevador, não tem ar-condicionado e as vezes ônibus quebra no meio do caminho.

Cuiabá tem 200 mil ageiros de ônibus por dia. São 101 linhas, e os bairros Coxipó e A são as regiões com mais viagens. Em 2022, muita gente achou que já estaria se locomovendo com o VLT. Mais de oito anos se aram desde o início das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos, mas ele não saiu aconteceu.

Independentemente de quais sejam os modais ou organização do tráfego, dar prioridade ao transporte público é uma tendência mundial. Juliane Érica Cavalcante Bender é engenheira civil e comenta a situação do transporte em Cuiabá.

“A gente precisa pensar em novas modalidades de transporte que sejam sustentáveis.
Então, o transporte coletivo por transportar mais pessoas, tende a ser mais sustentável. A bicicleta não emite nenhum tipo de gases de efeito estufa, nenhum gás poluente”.

Segundo a Semob (Secretaria de Mobilidade Urbana), todas essas questões fazem parte do Plano de Mobilidade que a secretaria vem desenvolvendo nos últimos dois anos.

Sobre a série “Planejamento Urbano” 6v261z

Responsáveis pelas reportagens, os jornalistas Ianara Garcia e Tiago Terciotty irão expor a série que é dividida em cinco temas principais: uso e ocupação de solo; mobilidade urbana – focada no trânsito; mobilidade – com foco em ibilidade e futuro do Centro Histórico de Cuiabá.

A série terá duração do dia 13 ao dia 17 de fevereiro, e foi lançada no Primeira Página domingo (12) e no Bom Dia Mato Grosso na segunda-feira (13), às 6h, onde será exibida a grande reportagem. Em seguida, na rádio Centro América FM (99,1) às 6h30.

Os telejornais MT1, às 10h45, e MT2, a partir das 18h10, também trarão informações sobre os assuntos, com repercussão de autoridades políticas ligadas ao tema em questão.

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