Ídolo do Comercial em Campo Grande, Copeu relembra 1 minuto de fama com Pelé 9343i

“Falar de pessoas boas é difícil, hein? E ele não é diferente”. É assim que começa Copeu, ídolo do Comercial, clube de futebol campo-grandense. Aos 79 anos, o craque baiano que escolheu Campo Grande para ser o seu eterno lar, relembra boas histórias que viveu ao lado do rei Pelé, quando os dois jogaram juntos no Santos.

“A primeira viagem minha com o Santos a gente chegou no aeroporto, e ele nunca tinha parado pra conversar comigo. Aí ele falou: ‘Copeu, vamos dar um volta aqui? Os dois de terno. Aí um povo rodeou a gente, começou a pedir autógrafo, e eu suando! Nunca aquilo tinha acontecido comigo (risos). E ele falando da vida dele, eu falando da minha”, gargalha Copeu sentado em uma cadeira de fio, na varanda de casa.

No dia, ele sentiu ao lado de Pelé o gostinho da fama pela primeira vez. “Eu transpirei tanto, que eu tive que tomar um banho!”, recorda rindo mais ainda. Aliás, ele revelou outras memórias divertidas do rei.

“É tanta historia que eu vou lembrar uma. Ele foi assaltado em São Paulo, e quando ele abriu o vidro, que o cara viu que era o Pelé, desistiu! Outra foi um juiz que expulsou ele uma vez do jogo. Tiraram o juiz do jogo e falaram: ‘Ele vai continuar, porque nós viemos aqui pra ver o Pelé jogar! Então vai sair o juiz!'”, detalha gargalhando.

Pelé tocou e ele fez gol! 6e575m

Outro momento memorável é em campo. Copeu encontrou uma bela oportunidade de marcar um gol durante contra o Internacional, no Pacaembu.

“Ele toca pra mim e eu tenho que devolver a bola pra ele. Mas quando eu vi, todo mundo saindo atrás dele, eu virei de frente pro gol, chutei e fiz um gol”, relembra fascinado. “Ele nem veio, nem me abraçou, nem xingou. Ganhamos esse jogo de 5 contra 1”, completa sorridente.

1º a chegar e último a sair 1cs59

Para Copeu, os seis meses vividos ao lado de Pelé serão eternos. Inclusive, ele acredita que mais ninguém irá superá-lo no futebol.

“Foi impressionante o tempo que eu vivi ao lado do rei. Pra mim, dificilmente vai aparecer um jogador de futebol igual”, revela.

“Ele era o primeiro a chegar no treino, no campo, e o último a sair. Era uma pessoa dedicada e merece o nome que tem hoje”, afirma.

Para Copeu, o grande parceiro concluiu bem sua trajetória, e o céu ganhou um baita “titular absoluto”.

“Aproveitou bastante! Infelizmente esse é o caminho de todos nós, não tem escapatória, vai fazer o quê">Quero deixar minha opinião!