A cada jogo, Elisson prova ser vencedor dentro e fora de campo 2y13w
O goleiro fez aniversário na última terça-feira (26), mas recebeu o presente adiantando: a classificação do Galo para as semifinais do Campeonato Sul-Mato-Grossense 2uo5j
A classificação do Galo para as semifinais do Campeonato Sul-Mato-Grossense foi o presente de aniversário que Elisson recebeu de forma adiantada após defender dois pênaltis contra o Ivinhema. O goleiro do Operário completou 37 anos na última terça-feira (26). A cada jogo, ele prova ser vencedor dentro e fora de campo.

“Eu pedi a eles que me dessem isso de presente e da maneira que foi ficou ainda mais emblemático, mais gostoso de viver aquele momento”, disse.
A festa pela classificação foi grande, mas faltou algo para ela ficar completa. Ou melhor, alguém. O filho de Elisson, Lucca, que morreu há 6 anos.
“Ele veio me fazer feliz, me transformar em um homem melhor, em um pai melhor, um filho melhor, um marido melhor e ele conseguiu”.
Lucca Guilherme tinha apenas 6 anos quando sofreu um acidente em casa, teve traumatismo craniano e não resistiu. O coração e outros órgãos do pequeno foram doados para crianças de Belo Horizonte e São Paulo.
“Não é fácil. Não é fácil. O dia a dia não é fácil. Nunca a cicatriz vai se fechar. A dor é muito grande, mas eu fiz da dor a minha força”, desabafa. “Quanto mais eu sinto dor, mas eu fico forte porque se eu me entregar, muita gente vai se entregar comigo e eu não vim no mundo para deixar legado de tristeza. Eu vim no mundo para deixar legado de força, de amor e fortaleza”.
Após a perda do filho, o goleiro mineiro que cresceu na base do Cruzeiro levou outra dura pancada da vida: a morte da mãe. As perdas quase o fizeram desistir da carreira, conforme conta a esposa.

“Ele falou vou continuar por ele. Tanto que ele pega a camisa dele em todos os jogos, em todos os clubes que ele a, pega a camisa dele e coloca ao fundo do gol. É um amuleto da sorte”, revela Celina Sofia.
Com 1,86 m de altura, o “Paredão” transformou uma de suas maiores dores em força. “No aquecimento, antes de entrar no jogo, sempre entro pedindo ele que me proteja, pedindo a minha mãe que me proteja. E que a vontade de Deus seja soberana. Eu falo com ele o jogo todo. Filho, a bola que minha mãe não alcançar que sua mão alcance.”
Além da camiseta, com a foto do filho estampada, Elisson carrega o nome de Lucca cravado na pele, atendendo a um pedido feito pelo próprio garoto.
Elisson não pode sentir o abraço do filho, mas foi presenteado com o carinho e apoio da torcida e dos companheiros de time. “É o meu 20º clube e nunca recebi tanto carinho igual recebo aqui”, agradeceu, deixando um recado emocionado. “Abrace, ame mais e fale que ame porque o amanhã não nos pertence”.