Em MS, olhar solidário é maior que ansiedade por concurso unificado 4u5zy
Tragédia no Rio Grande do Sul motivou adiamento do Enem dos Concursos 2k4b6y
O adiamento do NU (Concurso Público Nacional Unificado), apelidado de “Enem dos Concursos”, pegou todo mundo de surpresa, mas os inscritos ouvidos pelo Primeira Página compreenderam que foi a melhor decisão tomada diante da tragédia que a chuva trouxe ao Rio Grande do Sul.

Muitos também encaram o período como plus para dar aquela turbinada nos estudos. A professora universitária Paula Severino Ibrahim, que leciona medicina veterinária em uma faculdade de Campo Grande, usa o tempo que tem livre para estudar on-line.
Para ela o tempo será usado para aperfeiçoar os estudos. Além disso, avalia que a medida foi sensata diante do cenário trágico que se instalou no Rio Grande do Sul diante das torrenciais chuvas. Até o último dado atualizado eram 37 mortos, 70 desaparecidos e centenas de famílias desabrigadas.
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“Muitos seriam prejudicados e este momento é de nos ajudarmos mediante a uma tragédia. Melhor é fazer todos juntos e em segurança acima de tudo, sem ser injusto com ninguém”.
O adiamento foi anunciado e oficializado em ata na tarde desta sexta-feira (3). Durante coletiva de imprensa, a da Gestão, Esther Dweck, afirmou que dentro das próximas semanas uma nova data será anunciada.
A prova ocorreria no próximo domingo (5) em todo o Brasil. Experiente quando o assunto é concurso, o servidor público Marcus Paulo Mendonça, 34 anos, segue a mesma linha de raciocínio.
“Achei ótimo, pois o governo teve uma visão humanista e macro. Para quem estuda, ganha mais um período de preparação. A prioridade é a matéria, não o concurso”.
Em Mato Grosso do Sul são 34,4 mil inscritos distribuídos em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá. No Brasil são 2,6 milhões de candidatos na disputa por 6.640 vagas em 21 órgãos públicos.
Apesar de não ter criado rotina de estudo, a universitária Fernanda Benites, 26 anos, também não desanimou diante do adiamento.
“Eu não estou me preparando, vou fazer só por fazer mesmo, por experiência. De certo modo agora temos mais tempo, mas o que mais preocupa é o estado em que o Rio Grande do Sul se encontra, isso é muito mais importante que o concurso”.