Novos recenseadores devem dar fôlego à reta final do Censo 2022 4i52h
Desde segunda-feira, dia 21, servidores aposentados e microempreendedores podem atuar como recenseadores; isso deve ajudar a cobrir os municípios em estão com falta de mão de obra 23u3f
A autorização para que servidores públicos aposentados e MEIs (Microempreendedor Individual) atuem no Censo Demográfico 2022, promete ser o fôlego que a pesquisa precisa para ser concluída em Mato Grosso do Sul. Até quarta-feira, 23 de novembro, 69,8% da população do Estado havia respondido a pesquisa.

Desde terça-feira (21), todos os estados brasileiros podem contratar, sem processo seletivo, servidores aposentados e microempreendedores graças a uma Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União. A mudança na regra foi a saída encontrada para suprir a falta de pesquisadores em todo o país.
Em Mato Grosso do Sul, não foi diferente. Considerado o 3° estado brasileiro com menor taxa de desocupação, a dificuldade em encontrar mão de obra e uma mudança no mercado de trabalho, fez com que o número recenseadores ficasse muito abaixo do ideal, cenário bem diferente do visto no último censo.
“Em 2010 trabalhamos muito tranquilos. Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a fecha o censo. Foi a mudança no mercado de trabalho veio depois e aconteceu mais ainda que durante a pandemia, um outro mercado cresceu e a mão de obra ficou escassez”, revelou o superintendente do IBGE em MS, Mário Alexandre de Pinna Frazeto.
Segundo Alex Uchôas, coordenador operacional dos Censos no Estado, no início das pesquisas, em agosto, eram estimadas 2.224 vagas, mas no auge dos trabalhos, 1.497 foram preenchidas. Hoje, esse número é ainda menor.
“A gente tinha o impedimento que não podia contratar MEI, então isso afastava de nós muitos trabalhadores que podiam ser recenseadores, mas tinham o Mei ativo e não podiam ser recenseadores, mas agora pode. Então a medida provisória vem para dar para gente mais competitividade”, explicou.
Depois de meses de trabalho, a contratação de novos recenseadores ficará restrita aos municípios que estão mais atrasados: São Gabriel do Oeste, Ivinhema, Caarapó, Coronel Sapucaia, Maracaju, Nova Andradina, Jaraguari, Caracol, Ribas do Rio Pardo e Bonito.
Nesses municípios, a coleta está abaixo dos 50% e por isso um trabalho junto com as prefeituras de cada um é feito para atrair recenseadores. Outra saída encontrada, foi o remanejamento dos contratados. Exemplo disso é Campo Grande, que tem uma taxa alta de coleta e por isso está enviando pessoal para o interior.
O coordenador do Censo aqui, Alex Uchôas, explica como os interessados as vagas devem fazer para se unir ao IBGE; ouça aqui ?
O telefone de contato para saber quantas vagas há em cada município é (67) 3320-4200.
Com as contratações, a expectativa é que os trabalhos sejam concluídos rapidamente. “São municípios fáceis, que com mão de obra conseguimos resolver em pouco tempo”, reforçou o surpreendente.
Hoje, os recenseadores do IBGE ganham por produtividade. Existem taxas que são pagas por cada pesquisa realizada, que podem mudar de acordo com o município e a dificuldade de o. Os valores vão de R$ 7 a 12 por relatório respondido.
Importância do Censo 276u2g
O Censo Demográfico tem por objetivo contar os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros. É justamento por isso que serve de termômetro para que os governantes definam as políticas públicas para a população e até na conquista de investimentos da iniciativa privada.
Nos municípios menores esse número é ainda mais importante e reflete diretamente no envido e na aplicação do verbas. Justamente por isso, o pedido é para que as pessoas recebam e respondam os recenseadores.
“Nossa principal dificuldade é, primeiro, encontrar as pessoas em casa e depois disso, ser bem recebido pelos moradores”, contou o surpreendente. Hoje, Mato Grosso do Sul tem 2,21% de recusa em responder o Censo.
Neste ano, o Censo deveria ter terminado em outubro, mas foi prorrogado para o dia 2 de dezembro. Aqui, a estimativa é que até a data a pesquisa já tenha sido respondida por mais de 80% da população, mas ainda será necessário um “rescaldo” para a cobertura completa.