Mural artístico em escola quilombola de MT destaca preservação ambiental e cultura local 431p4z
A iniciativa é do projeto Megafone Ativismo e institutos de Mato Grosso 4c145u
A Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição de Arruda, em Nossa Senhora do Livramento (a 42 km de Cuiabá), recebeu um mural artístico para conscientização sobre mudanças climáticas, destacando a força da comunidade quilombola na preservação do meio ambiente.
A iniciativa faz parte do projeto Megafone Ativismo e ocorre em diferentes estados da Amazônia e no Distrito Federal. Além do mural, a escola promoverá palestras e oficinas culturais, incluindo batalhas de Hip Hop com premiações.

Em Mato Grosso, a iniciativa conta com a parceria do Instituto de Mulheres Negras de MT, da comunidade quilombola Mata Cavalo e do Centro Cultural Casa das Pretas e Artes. Além de Mato Grosso, o projeto também contempla escolas em estados da Amazônia e no Distrito Federal.
No mural da escola quilombola, a paisagem local é retratada por meio de símbolos que representam a força e a luta pela preservação do meio ambiente. Entre as imagens, destacam-se uma mulher negra quilombola sorrindo, transmitindo força, alegria e beleza, além da banana-da-terra e da mangueira, que simbolizam a subsistência da comunidade.
Além da obra artística, a escola promoverá palestras em sala de aula ao longo do mês para discutir o tema com os alunos.

Todos os murais trazem em comum a frase “Consciência climática para sustentar o céu”, uma referência ao livro “A Queda do Céu”, de Davi Kopenawa, presidente da Hutukara Associação Yanomami e uma das vozes mais influentes na defesa dos povos indígenas e da floresta.
As obras foram idealizadas e estão sendo executadas por 10 coletivos do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Distrito Federal, destacando o papel da juventude e da arte na luta climática.
Com o mural, os artistas buscam chamar a atenção para as belezas naturais da região, incentivando quem transita pelo local a enxergar não a destruição, mas a força da fauna, da flora e dos povos que ali vivem.
Além de reforçar a luta pela sobrevivência dos povos tradicionais e originários, impactados pelo desmatamento e pelo avanço do garimpo ilegal, os artistas pretendem ampliar o debate sobre preservação ambiental e racismo, ressaltando a importância da Amazônia Negra em Mato Grosso.
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