Fósseis de dinossauros descobertos em MT são objetos de pesquisa no RJ 3um67
A pesquisa começou depois que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, pegou fogo, em 2018. 2c2f1f
Considerados os primeiros moradores da terra, os dinossauros ainda são um mistério mesmo após milhões de anos de extinção. Uma pesquisa que está sendo realizada no Rio de Janeiro (RJ), tem como objetivo descobrir a origem e história evolutiva dos fósseis que foram descobertos em Tesouro, a 385 km de Cuiabá.

A pesquisa começou depois que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, pegou fogo, em 2018, os ossos acabaram sendo atingidos durante o incêndio, e agora o material está bastante frágil e, por isso, tudo é manuseado com cuidado.
A mestranda em paleozoologia Letícia Lacerda diz que o incêndio atingiu os fósseis em grandes proporções, porém por mais que estudasse os blocos, ela quase não os movia, muito menos retirava as vértebras do bloco para não quebrá-los. Letícia ainda conta que a tragédia fez marcas irreversíveis nos blocos, o que dificultava o trabalho, mas não compromete, a análise do material.
A tese do mestrado de Letícia é baseada nas relações evolutivas de dinossauros que viveram no período Cretáceo, tempo geológico, brasileiro. De acordo com ela, essa nova pesquisa pode abrir portas para que novos fósseis sejam descobertos. Ela explica que os ossos que está estudando estão realmente queimados, mas que isso não afeta diretamente a pesquisa, pois os minerais que continham neles, no começo, já não existiam mais, devido à quantidade de tempo que possuem.
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Letícia também conta que esse é o material mais completo encontrado em Mato Grosso, e mostra o potencial que a região possui para que aconteçam novas escavações, que podem até descobrir materiais mais completos. Ela também fala que a tese tem como objetivo verificar se essa é uma nova espécie no Brasil e até se era comumente encontrada naquela área.
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, orientador do mestrado de Letícia, esteve nas expedições de 2003 e 2005, realizadas no interior mato-grossense, onde foram descobertos os fósseis. Ele explica que neste período, dois blocos de ossos foram coletados e encaminhados para o museu para serem usado na área de estudos. Segundo ele, o local possui cerca de seis mil exemplares vertebrados e que grande parte disso fica guardado dentro de uma reserva, já que não temos espaço para expor todos.
Ainda de acordo com o diretor do museu, o estudo dos fósseis é essencial e a restauração é importante para que os alunos trabalhem com um material que permita descobrir mais sobre os animais e os habitats que eles viviam. Em 2018, quando a tragédia do incêndio ocorreu, muitos desses fósseis acabaram sendo destruídos. A restauração começou a ser feita e só foi concluída em 2021.