Com R$ 10 mil em caixa, UFMT corta pagamento de bolsas e auxílios estudantis 4e6d6v
Os contratos que podem ficar sem pagamento são da ordem de aproximadamente R$ 3,2 milhões. 681y2a
Após o governo federal anunciar o bloqueio de recursos, estimado em R$ 244 milhões às universidades federais do país, o reitor da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Evandro Soares da Silva, informou que a unidade tem R$ 10 mil em caixa e não vai conseguir pagar as bolsas e auxílios estudantis do mês de dezembro e nenhum dos serviços já executados (liquidados) no mês de novembro (restaurante universitário, limpeza, segurança, motorista, jardinagem, energia elétrica, água, telefone, internet).

Somente para o pagamento de cerca de 1,9 mil bolsas e auxílios a estudantes dos Câmpus de Cuiabá, Várzea, Grande, Sinop e Araguaia (unidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia) é necessário o montante de R$ 1 milhão. Os contratos que podem ficar sem pagamento são da ordem de aproximadamente R$ 3,2 milhões.
Segundo ele, o quadro é preocupante e exige medidas duras, pois não se trata somente de um problema interno orçamentário, mas sim de ree financeiro. Com a liberação pelo Ministério da Educação (MEC) de apenas 30% do financeiro que estava liquidado no mês de novembro, ficou a promessa de que o restante viria no início do mês de dezembro. Com os últimos bloqueios, a UFMT está com um déficit financeiro para pagamento das despesas liquidadas, a curto prazo, na ordem de R$ 5,2 milhões.
Diante da situação alarmante pelo acumulado dos meses de novembro e dezembro, na segunda-feira (5), a UFMT encaminhou ofício ao ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, solicitando o desbloqueio de recursos orçamentário-financeiros, sob pena de não pagamento de despesas essenciais e, consequentemente, a paralisação dos serviços, o não ree de bolsas e auxílios aos estudantes e o pagamento de juros/multas pelo atraso.
Ainda de acordo com o reitor, a comunicação entre as universidades e o Ministério da Educação tem sido feita somente via Sistema de Pagamento do Governo Federal (Comunica Siafi) e tem se mostrado ineficiente para o diálogo franco e aberto com as instituições e, ao mesmo tempo, sem confiabilidade.
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Nessa terça-feira (6), a istração da UFMT se reuniu com representantes do Diretório Central dos (DCE), do Sindicato dos Docentes (Adufmat) e do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-istrativos (Sintuf) para apresentar os impactos imediatos dos cortes e bloqueios ocorridos nesta semana para a comunidade interna, especialmente em relação aos reflexos diretos para os estudantes e terceirizados. É de fundamental importância manter a comunidade interna e externa atualizada sobre a real situação financeira da universidade.
A reitoria da UFMT, ao lado da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), tem atuado junto aos Ministérios da Educação e da Economia e ao Congresso Nacional, de modo que possa reverter a gravíssima situação em que as universidades e institutos federais se encontram.