Educação antirracista: cartilha visa acabar com crimes nas escolas 656a1t

A publicação apresenta diversas atividades e sugestões de como abordar a temática em diferentes áreas de conhecimento, como matemática, humanas, ciências naturais e linguagem. 1f242v

Em Mato Grosso, o número de escolas que registraram casos de racismo e intolerância religiosa apresentou crescimento nos últimos anos.

De acordo com dados da Seduc (Secretaria de Estado de Educação), em 2022, 34,5% das escolas (214 unidades) reportaram ocorrências desse tipo. Em 2023, esse índice caiu para 29,5% (170 escolas), mas voltou a subir em 2024, atingindo 39,8% (258 escolas).

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Live de capacitação de professores sobre a cartilha antirracista. (Foto: Reprodução)

Diante desse cenário, a secretaria lançou uma cartilha antirracista para ser distribuída em todas as escolas da rede estadual.

A iniciativa que foi lançada em 2023, mas apenas em 2024 foi institucionalizada para que todas as escolas possam aplicar, visa conscientizar alunos, professores e funcionários sobre a importância de combater o racismo e a intolerância religiosa no ambiente escolar.

A responsável pela Coordenadoria de Educação Étnico-racial e Ambiental do Estado, Ruthnéia Cavalcante Pereira de Moraes, explica que o aumento das denúncias é um reflexo positivo das ações de conscientização que vêm sendo realizadas nas escolas.

“Aumentou o índice de denúncia. Nós consideramos isso bom porque antes aconteciam racismo e intolerância na escola, e as pessoas tinham inclusive medo de denunciar. E com as ações que a Seduc vem desenvolvendo nas escolas, as pessoas estão se conscientizando para que denunciem que o racismo é crime e que não pode ficar impune”, afirma.

A cartilha, intitulada “Mato Grosso: Por uma Educação Antirracista”, é um guia prático que aborda temas como leis antirracismo, canais de denúncia, atividades pedagógicas para trabalhar o tema em sala de aula e a importância da representatividade negra.

“Nós temos como indicativo de uma pesquisa do ano ado que aponta que a maioria dos alunos, com resultado ruim na aprendizagem, são negros ou indígenas, então que isso possa ser reparado. Com toda essa intenção de melhorar o índice de violência no sentido do racismo e que as pessoas possam, sofrendo o racismo da escola, que elas possam denunciar”.

Além da cartilha, a Secretaria de Educação tem investido em outras ações para combater o racismo nas escolas, como a formação de professores e funcionários, a distribuição de banners com leis e canais de denúncia, e a criação de um calendário antirracista.

“Com essa temática é preciso que as escolas entendam que tem que existir equidade dentro da escola, que a gente possa dar para as pessoas o que elas precisam para que todos tenham o às mesmas oportunidades”, ressalta Ruthneia.

O material didático não se limita a abordar a temática da consciência negra apenas no mês de novembro, como tradicionalmente ocorre em muitas escolas. O guia completo oferece aos professores como trabalhar o tema ao longo de todo o ano letivo, dentro do currículo escolar.

A publicação apresenta diversas atividades e sugestões de como abordar a temática em diferentes áreas de conhecimento, como matemática, humanas, ciências naturais e linguagem.

“A temática antirracista, ela deve ser trabalhada todo ano… no dia a dia, dentro da escola, para que esse currículo tenha uma representatividade”, afirma.

A cartilha busca mostrar a riqueza da cultura afro-brasileira, com personalidades que se destacaram em diversas áreas, e incentivar os alunos a se autodeclararem como negros, com orgulho de sua identidade.

“O negro é visto como escravo, algo ruim. Então, nós mostramos na cartilha essa representatividade para dizer que ser negro é bom, que você pode ser várias personalidades que são cercadas na cartilha, para sensibilizar que eles possam se autodeclarar, de fato, como eles se enxergam”, explica a coordenadora.

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