Aula discute impactos científicos e tecnológicos da Rota Biocêanica em MS 6d4e6t
O evento faz parte da nova disciplina do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local da UCDB e conta com servidores públicos entre os alunos 6h1l3l
A Rota Bioceânica agora é disciplina de estudo em uma das faculdades de Campo Grande. Os impactos do novo caminho para o Oceano Pacífico no setor técnico-científico foram tema de aula magna realizada nesta terça-feira (23), no auditório do Bioparque Pantanal, na capital de Mato Grosso do Sul.
No palco, professor doutor Márcio de Araújo Pereira, presidente da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), na estreia da nova disciplina do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

Serão três meses de aula para estudar a fundo os impactos e os benefícios que a Rota Bioceânica vai trazer para Mato Grosso do Sul.
A rota nada mais é do que um corredor rodoviário que vai ar por quatro países – Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Quando estiver pronta vai permitir o ao Pacífico. Para as exportações brasileiras significa que produtos destinados ao mercado asiático vão chegar mais rápido e, principalmente, pagando menos frete.
“O que nós temos é um impacto muito com a criação desse atalho, é um atalho que leva as rotas que são comerciais e transforma a vida das regiões. E essa economia também se dá em termos de logística, de tempo de chegada desse produto, com mais qualidade, mais rapidez, e tudo isso é transformador, porque ele traz uma integração fantástica para a região, para o Mato Grosso do Sul, e o Brasil, com o Paraguai, com o Chile, com a Argentina”.
Márcio de Araújo Pereira
A criação dessa rota comercial faz Mato Grosso do Sul um centro de desenvolvimento, exigindo preparação estrutural e social nos mais diversos setores; entre eles está justamente o tecnológico.
“No lado sociológico tem um impacto em pesquisa, em tecnologia e tem um impacto em várias cadeias para a região, mas eu vou trazer uma nova, um novo tema, que é o impacto no ecossistema de inovação que vai incluir mais países e atrair mais tecnologia, vai atrair mais desenvolvimento, vai atrair mais formas de você tratar tecnologia, por isso a gente fala muito bem do papel das universidades nessa rota, mas o principal é como isso vai transformar e agregar em todos os setores”.
Márcio de Araújo Pereira
Aliada à tecnologia está a ciência, o que em Mato Grosso do Sul deve ser impulsionado pelo mundo acadêmico.
“E a partir desse momento, com as universidades desses quatro países, você tem uma possibilidade de crescimento científico mais avançado. E ciência gera mais tecnologia, parceria. Essas parcerias vão ser ampliadas, você tem países trabalhando em conjunto e você também tem mais os em redes internacionais”.
Márcio de Araújo Pereira

Na UCDB a disciplina Rota Bioceânica é o pontapé inicial para que os alunos das mais variadas áreas se aprofundem no tema. Como explica o coordenador do Programa em Desenvolvimento Local da UCDB, Michel Constantino:
“O importante é realmente formar pessoas, formar cidadãos e mestrandos que possam olhar os empates da Rota Bioceânica no nosso estado. A importância maior é isso, é formar as pessoas que vão fazer pesquisas em várias áreas do conhecimento e entender quais são os empates da rota que está chegando aí”.
Michel Constantino
Para garantir que a istração pública esteja preparada, a universidade se uniu ao governo para ensinar servidores envolvidos diretamente com a Rota, por isso, dos 30 alunos matriculados, oito são das secretarias do estado.
“Vão ser capacitados durante três meses para entender sobre a rota e quais os embates para o Estado em relação à Rota Bioceânica”.
Michel Constantino