Ricos ganham 13,4 vezes mais que pobres, menor diferença desde 2012 181h
Diferença entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres caiu para o menor nível em 12 anos 341h3j
O Brasil registrou em 2024 a menor diferença entre os maiores e os menores rendimentos da população desde o início da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Segundo dados do IBGE, os 10% mais ricos do país receberam, em média, 13,4 vezes mais que os 40% mais pobres. Em 2018, essa razão era de 17,8 vezes.
A média de rendimento dos 10% mais ricos foi de R$ 8.034. Já os 40% com menor renda ficaram com R$ 601. No recorte do 1% mais rico, o valor chegou a R$ 21.767 — 36,2 vezes o rendimento dos 40% mais pobres. Em 2023, essa razão era maior: 39,2 vezes.

A pesquisa considera rendimentos provenientes do trabalho, aposentadorias, pensões, programas sociais, alugueis, aplicações financeiras e bolsas.
A renda dos mais pobres cresceu acima da média nacional. Os 40% com os menores rendimentos tiveram aumento de 9,3% em relação a 2023, enquanto os 10% mais ricos tiveram variação de 1,5%. O rendimento médio domiciliar per capita do país foi de R$ 2.020 — o maior da série histórica —, com alta de 4,7% em relação ao ano anterior.
Entre os fatores que explicam esse movimento estão a ampliação dos programas sociais, os reajustes no salário mínimo e o maior nível de ocupação nos estratos mais baixos da população.
Na comparação por região, os maiores aumentos na renda dos mais pobres entre 2019 e 2024 ocorreram no Norte (54,7%) e no Nordeste (51,1%). Ainda assim, essas duas regiões têm os menores valores per capita: R$ 408 e R$ 444, respectivamente. O maior valor foi registrado no Sul, com R$ 891.
O Índice de Gini, que mede a concentração de renda no país, também recuou em 2024 e chegou a 0,506, o menor nível da série. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 0, menor é a desigualdade.