Queda do dólar faz procura aumentar 10x em CG e faltar moeda para venda 192h59
No dia 21 de março, o dólar fechou abaixo dos cinco reais. 284e4s
Desde o início do ano, a tendência do dólar foi de queda. Mas em março, quando a moeda norte-americana baixou para menos de 5 reais que chamou a atenção do brasileiro e provocou uma corrida às casas de câmbio e, consequentemente, a falta da moeda estrangeira.

Segundo uma rede de câmbio que atua em várias cidades do país, em Campo Grande, a procura aumentou dez vezes o volume de venda nos últimos 10 dias. “Foi uma procura muito grande nos últimos 10 dias, por causa da queda do preço da moeda, houve uma correria as lojas de câmbio e acabou moeda. O estoque que deveria durar 40-60 dias, acabou em 7”, informou uma rede de casa de câmbio.
“O volume de venda de dólar em março foi maior do que em janeiro e fevereiro juntos”, afirmou a assessoria do Banco do Brasil sobre o comércio em Campo Grande. Ainda de acordo com o banco, a situação deve ser normalizada até a próxima semana.
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Depois dos prejuízos comerciais com essa busca desenfreada pela moeda estrangeira, a casa de câmbio acredita que a situação já esteja sendo normalizada. “Perdemos vários negócios. Mas estamos começando a normalizar, importando mais moeda. A logística é complexa e demorada, um lote de dinheiro chega em nossa loja dia 08/04”, explicou.
A Caixa Federal não retornou a reportagem sobre o comércio de moeda estrangeira.
Oscilação 5bm42
A moeda americana iniciou 2021 cotada a R$ 5,66 – no dia 3 de janeiro – e chegou a atingir R$ 5,71 dois dias depois. O rompimento da casa dos cinco reais foi em 21 de março quando o dólar caiu para R$ 4,94. Isso não ocorria desde junho de 2021. O valor foi baixando a cada dia até que atingiu R$ 4,60, no início dessa semana – 4 de abril -, o menor valor dos últimos 2 anos.
A oscilação do dólar foi influenciada por diversos fatores, mas principalmente pela guerra da Rússia na Ucrânia, que iniciou no último dia 24 de fevereiro. No início desse mês, o governo federal trocou dois representantes do primeiro escalão: ministro da Educação, Milton Ribeiro, envolvido em escândalos, e o presidente da Petrobras, general da reserva Joaquim Silva e Luna.