Preparem os bolsos: alta do diesel terá impacto na inflação de outros produtos 2k1z1m
Consumidor deve sentir diferença no preço dos alimentos porque a maioria dos itens que consumimos é transportado via terrestre l114u
A alta do diesel nas refinarias, que começou a valer na terça-feira (10), deve impactar não só o preço do combustível nas bombas, mas impactar na inflação de outros produtos. O consumidor deve sentir a diferença especialmente na hora de comprar alimentos.
A supervisora técnica do escritório regional do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em Mato Grosso do Sul, Andréia Ferreira explica que os consumidores desse combustível, especialmente empresas de transporte de pessoas ou alimentos, devem rear o custo do novo reajuste aos consumidores. Isto não deve ocorrer imediatamente, mas não vai demorar. Com este novo reajuste, o diesel já acumula alta de 35,98% neste ano.
“Até esse combustível com valor reajustado sair das refinarias e chegar aos postos os preços podem se manter estáveis. Isso depende da política adotada pelos postos e da existência de estoques”, pontua Andréia.
Ela alerta que mais de 70% do que consumimos no Estado é importado e transportado via terrestre. Com isto, “é muito provável que esse novo reajuste impacte no custo dos alimentos levando a um aumento da inflação”.
Análise semelhante foi feita pela economista Regiane Dedé. Ela enfatiza que um reajuste como este tem impacto na vida de todos. “Não é aumento apenas nas bombas, mas também no custo de produção e esse aumento todo é reado ao consumidor final. O consumidor que já está com seu poder de compra reduzido, com certeza, vai sentir o impacto”.
O primeiro-secretário da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Roberto Oshiro comenta que a associação vê com preocupação este novo aumento no valor do diesel. “ O custo do óleo diesel impacta em toda a cadeia produtiva, desde a produção no campo até a industrialização das mercadorias, a distribuição do setor atacadista, depois a distribuição ao setor varejista e a chegada desses produtos ao consumidor final. Quem vai pagar a conta no final sempre vai ser o consumidor”, lamentou.
