Pesquisa do comércio: os que ganham mais de 10 salários-mínimos são os mais endividados 2m126f
Endividamento registra aumento pelo segundo mês consecutivo 1t1p5
Os que ganham mais de 10 salários-mínimos são os mais endividados (79,3%) e os que ganham menos de 10 salários estão encontrando mais dificuldades para pagar as contas (7,9%). É que diz uma análise do IPF (Instituto de Pesquisa da Fecomércio).

Ainda de acordo com o levantamento do endividamento das famílias, foi registrado aumento pelo segundo mês consecutivo. Conforme o economista Fernando Dias, a probabilidade de quem ganha mais é, naturalmente, gastar mais.
“Isso cria uma margem maior para o endividamento. Em contrapartida, quem ganha menos tende a se endividar por não conseguir pagar mesmo”, explicou ele.
Fernando disse ainda que o custo de vida está alto e faz com que as pessoas de baixa renda tenham que escolher que conta pagar, já que a alta na inflação interfere no poder de compra.
A Fecomércio apontou que 72,6% das pessoas entrevistadas disseram estar com dívidas de cartões de crédito, cheques, boletos e empréstimos. O principal tipo de dívida das famílias continua sendo o cartão de crédito (77,5%), seguido dos boletos (33,2%).

Tempo de endividamento 52818
De acordo com o superintendente da Fecomércio, Igor Cunha, o endividamento segue de forma mais controlada que a média nacional.
“Apesar de ser o segundo aumento consecutivo do endividamento, estamos conseguindo controlar mais os gastos, diferente da média nacional que chegou a atingir também no mês de março 77,5%. Isso reforça que não somente a capital, mas o estado se encontra em um cenário mais positivo”.
No entanto, o IPF observa que o crescimento contínuo de endividados é preocupante, pois reflete diretamente na economia do estado. Para efeito de comparação, os dados atuais se aproximaram do percentual registrado em março do ano ado, quando 72,7% das famílias alegaram estar endividados.
Além disso, o percentual da renda comprometida com a dívida também aumentou no período, ando de 21,1% no ano ado para os atuais 24,1% agora. Já o tempo comprometido com dívida também apresentou aumento, de 6,2 meses para 6,3 meses.