Táxi ou Uber? Corridas podem pesar ainda mais no bolso 1z2t6o
Motoristas alertam para reajuste na tarifa do táxi e nova onda de cancelamentos do serviço por aplicativo 475g1h
O aumento constante do preço da gasolina em Mato Grosso do Sul deve refletir no transporte individual feito por táxis e motoristas por aplicativos, como Uber.
Segundo o presidente dos motoristas de aplicativos de Mato Grosso do Sul, Paulo Pinheiro, a variação do preço recai principalmente no bolso dos trabalhadores. “Quem paga é o povo, quem usa o transporte. A nossa classe utiliza muito combustível, tanto etanol quanto gasolina e GNV. E as coisas não mudam, o governo federal fala uma coisa, o estadual outra e a refinaria também tem outra justificativa. No final não sabemos quem está falando a verdade”, explica.

Agora, com as tensões na Rússia e Ucrânia – que podem impactar o comércio exterior – o medo é de um novo aumento, que se aproxime de R$ 10 o litro de gasolina. “Neste caso, vai ficar inviável para os motoristas trabalharem. Provavelmente, eles terão que optar pelas corridas que mais compensam financeiramente”, ressalta.
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Segundo Paulo, os motoentregadores também seriam atingidos e teriam que trabalhar mais para receber a mesma remuneração. “O aumento atinge nossos motoentregadores diretamente. Eles vão ter que trabalhar mais, o que aumenta o desgaste físico e psicológico, o cansaço, a visão piora e o que aumenta o risco de acidentes”, acredita.
Reajuste taxistas fi6a
Sem reajuste da tarifa desde 2014, os taxistas também pensam em pedir a reposição tarifária. “Está cada vez mais difícil, porque a margem de lucro tem diminuído mais e o trabalhador vem carregando nas costas todo esse aumento. O profissional da nossa categoria não tem uma mudança na tarifa desde agosto de 2014, até por conta de alguns fatores e para tentar manter o preço para a população”, afirma Fernando Yonaka, vice-presidente do sindicato dos taxistas do estado de MS.
Neste caso, a mudança na tarifa é discutida com a Prefeitura Municipal de Campo Grande. “Não temos apenas a gasolina como um gasto, mas há toda uma planilha de cálculo de insumos, tudo que compõe o nosso trabalho, como os gastos com pneus, óleo, a depreciação do veículo e o preço dele. Antigamente, um carro novo custava R$ 70 mil, hoje em dia você não paga menos de R$ 90 mil”, frisa Yonaka.
Alta dos preços e3h35
De acordo com o levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível), a gasolina teve uma variação de mais de 4% em apenas três semanas, desde o início do ano em Mato Grosso do Sul. O preço máximo da semana do dia 2 a 8 de janeiro era de R$ 6,897, enquanto de 16 a 22 deste mês, o valor chegou a R$ 7,199.
Corumbá foi o município que mais apresentou alta nos preços dessa última semana, com o litro saindo por R$ 7,199. Já em Campo Grande, o maior preço registrado foi de R$ 6,839.
No dia 12 de janeiro, a Petrobras anunciou que o preço de venda da gasolina e do diesel para as distribuidoras seria reajustado. Segundo a empresa, o último aumento foi em 26 de outubro do ano ado.
Desde então, o preço cobrado pela Petrobras para a gasolina chegou a ser reduzido em R$ 0,10 litro, em 15 de dezembro. Já o preço do diesel ficou estável.