O mundo está de olho na China: veja o resumo econômico desta semana 3r6w25

Para avaliar o cenário e o que ele tem a ver com Mato Grosso, o Primeira Página falou com Gustavo de Oliveira, empresário e presidente do Movimento Mato Grosso Competitivo 6u5n4i

A China vive um momento econômico preocupante: exportações em queda, especialmente por algumas retaliações que as empresas chinesas vêm sofrendo desde que o gigante asiático declarou apoio à Russia na Guerra da Ucrânia.

Além de restrições à compra de componentes que só empresas americanas e europeias fabricam, as companhias chinesas agora lutam contra uma tendência mundial de apoio dos governos Americano e Europeu às suas companhias, criando um espaço de competitividade para elas em mercados onde os chineses antes eram dominantes.

Para avaliar o cenário e o que ele tem a ver com Mato Grosso, o Primeira Página falou com Gustavo de Oliveira, empresário e presidente do Movimento Mato Grosso Competitivo.

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O que o momento econômico da China tem a ver com Mato Grosso? Gustavo de Oliveira explica.
(Foto: Reprodução)

“Internamente, o setor de construção da China, que responde por mais de 30% do PIB do país, tem mostrado sinais de esgotamento de um ciclo de expansão muito forte nos últimos anos. As companhias chinesas de capital aberto não têm conseguido honrar suas dívidas”, explica.

De acordo com Gustavo, isso pode sinalizar que o ciclo de expansão interna da China – alimentado durante muitos anos por pesados investimentos em infraestrutura e por uma explosão de crescimento populacional nas cidades – pode estar chegando ao fim do período mais próspero.

O que isso tem ver com Mato Grosso? 2u3y3i

É certo que o governo de Pequim vai mudar a tática para não deixar o ritmo de crescimento da própria economia cair tanto: deve injetar dinheiro público para estimular a economia e dar fôlego às empresas chinesas exportadoras, além de poder usar seus estoques estratégicos para reduzir as importações neste ano de 2023, de forma que a balança comercial feche com um saldo um pouco mais positivo.

Com isso, se entre os planos de Pequim estiver a redução das importações, Mato Grosso e o Brasil podem sofrer o impacto.

“A China é o principal destino da carne, soja, minério de ferro e muitas outras commodities produzidas no país, e naturalmente elas teriam suas cotações em queda se o maior comprador decidisse segurar os pedidos”, destaca Gustavo.

Apesar disso, por enquanto, exportações brasileiras continuam em crescimento.

Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), as exportações de soja nos primeiros sete meses deste ano superaram 70 milhões de toneladas mesmo com um ritmo de comercialização mais lento.

Estimulados principalmente pela demanda da China, os embarques totais do Brasil foram de 72,46 milhões de toneladas de janeiro a julho. Os chineses compraram 62,3 milhões de toneladas de soja, 15% a mais que no mesmo período em 2022.

A projeção da Conab para o total de exportações de soja do Brasil em 2023 é de 95,64 milhões de toneladas. Se confirmada, será um crescimento de 21,5% em comparação com o ano ado.

Encontro dos BRICS 673g3d

Os países do bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reuniram nesta semana na África do Sul e importantes decisões foram tomadas.

A principal delas é o aumento do Bloco Econômico, que a partir de janeiro vai contar ainda com Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.

“Sem dúvida um aumento da relevância do grupo, que a a representar mais de 35% do PIB mundial e mais de 45% da população do planeta”, avalia o Gustavo de Oliveira.

Tudo certo pro Brasil? Nada disso, isso porque, segundo o empresário, entre as companhias do Brasil nos BRICS estão muitos países com ditaduras no governo.

“Para um país que tem um presidente eleito com o mote de respeito máximo ao estado democrático de direito, é sem dúvida uma contradição. Mas o fator mais preocupante é o que nitidamente a agenda de Rússia e China é criar um bloco para contrapor Estados Unidos e União Européia na geopolítica mundial. O Brasil pode estar do lado errado desta briga”, ressalta.

Combustíveis subindo, de novo 6e4q4d

Depois dos aumentos na semana ada causados pelos reajustes da Petrobrás para as distribuidoras, vem mais por aí: o Ministro Haddad anunciou que voltará a cobrar mais impostos sobre o diesel ainda este ano.

Além disso, o mercado internacional começa a apostar em um barril de petróleo custando mais de U$ 100 em 2024, depois de fechar este ano com um preço pouco acima dos U$ 80.

“Isso significa mais pressão inflacionária e uma reversão de expectativas de queda mais acentuada da inflação nos próximos meses. Aqui em Mato Grosso, com a subida dos preços da gasolina os postos também aumentam o preço do etanol nas bombas. Regras de mercado: se a concorrência (gasolina) tá vendendo mais caro, o etanol também se valoriza.

Pra fechar a conta da semana de 21 a 25 de agosto: o Ibovespa está na casa de 115 mil pontos, com dólar abaixo de R$ 4,90 e IPCA dando uma acelerada de leve.

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