Novas regras de rendimento do FGTS. Mais dinheiro no seu bolso? 564c6r
A empresa onde você trabalha desconta 8% do seu salário, todos os meses, e deposita este valor descontado do salário numa conta destinada ao fundo 5c416c
Quem trabalha com carteira assinada, ou seja, sob o regime celetista (CLT) está amparado pelo direito ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) que além de proteger o trabalhador em caso de demissão sem justa causa, é hoje um dos recursos mais utilizados por aqueles que desejam começar a criar seu patrimônio realizando o grande sonho de muitos brasileiros, o de comprar sua casa própria.

A empresa onde você trabalha desconta 8% do seu salário, todos os meses, e deposita este valor descontado do salário numa conta destinada ao fundo em seu nome na Caixa Econômica Federal.
Durante todo o tempo em que você trabalhar com carteira assinada, essa parte do seu salário deve ser depositada nessa conta e esse valor fica aplicado e essa aplicação faz esse dinheiro render, ou seja, fazendo esse dinheiro crescer com os juros mensais.
Mas o modelo de rentabilização do saldo investido no FGTS é muito parecido com as de quase seis décadas atrás, quando o programa foi criado.
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E é nesse ponto que está a principal mudança aprovada pelo STF no dia 12/06. Como será aplicado o recurso que será depositado nas contas FGTS dos empregados com carteira assinada.
A correção do FGTS é hoje de 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial), considerando que a Taxa Referencial hoje é 0,48% ao ano, teríamos uma correção de 3,48% sobre o saldo da conta do FGTS.
Vamos a um exemplo para melhorar o entendimento.
Se uma conta FGTS iniciou o ano com um saldo de R$ 10.000,00 o rendimento anual dessa de R$ 348,00 no decorrer de 12 meses, ou seja, ao final de um ano a conta teria um saldo de R$ 10.348,00, isso sem considerar novos aportes, somente a rentabilidade do saldo inicial de R$ 10.000,00.
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E aqui cabe uma observação.
Um tema que sempre abordamos, aqui na coluna, é que sempre quando o assunto é investimentos você deve estar atento que a rentabilidade deve ser sempre acima da inflação. Caso contrário você está perdendo poder de compra, certo?
Pois é, e quando olhamos para o histórico da Taxa Referencial dos últimos anos, infelizmente, constatamos que as contas do FGTS em várias ocasiões tiveram a sua rentabilidade inferior à inflação.
Com o intuito de equalizar essa situação, o STF determinou uma nova regra de remuneração para o saldo do FGTS.
O STF decidiu que o FGTS deve garantir ao trabalhador no mínimo a reposição da inflação, usando como critério o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) calculado pelo IBGE.
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Então, conforme a nova regra, ou seja, se o saldo do exemplo acima fosse corrigido pelo IPCA, que fechou o ano de 2023 em 4,62% ele sairia de R$ 10.000,00 para R$ 10.462,00. E aplicando essa mesma regra, considerando, os últimos cinco anos, resultaria em um rendimento de 45,17%, comparado aos 21,82% do sistema atual. Isso representaria um acúmulo de R$ 14.516,95 no período citado de 5 anos contra R$ 12.182,36 que seriam acumulados nas condições de remuneração vigentes.
Com essa nova forma de cálculo o trabalhador estará protegido em tempos de inflação alta, pois, terá o seu recurso reajustado pela inflação do período.
Como moramos num país onde o histórico é de inflação alta, está mais do que provado que a TR se mostrou altamente ineficaz como índice de remuneração dos recursos do FGTS. Este ajuste é superimportante, porque em períodos em que a inflação estiver alta o rendimento do seu saldo do FGTS acompanhará esse movimento. Num universo de longo prazo, que normalmente é o que acontece com a permanência do recurso no fundo, os juros compostos fazem toda a diferença para o aumento do montante investido.
Então, resumindo, os principais benefícios dessa mudança:
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§ Valorização do saldo do FGTS: Com o FGTS rendendo mais, o dinheiro depositado pelo trabalhador acumulará um valor maior lá na frente e garantirá seu poder de compra no futuro. O trabalhador terá o a um valor maior quando sacar o FGTS, seja para a compra da casa própria, aposentadoria ou outros fins.
§ Reduzir o impacto da inflação: A nova fórmula garante que o saldo do FGTS acompanhe a inflação, preservando o poder de compra do trabalhador. Terá mais poder de compra no futuro.
Essa mudança só vai valer daqui para frente, ou seja, será aplicada aos novos depósitos, contudo, essa diferença representará muito para o trabalhador.
Próximo o é aguardar um anúncio formal do Supremo Tribunal Federal (STF) para confirmar a periodicidade exata dessa correção.
Agora, o que você deve levar em consideração é que sua reserva “obrigatória” irá aumentar por conta dessa melhor forma de rentabilização, contudo, deve se manter consciente de que quando chegar o momento de ter o a esse valor que seja para empregar na realização de sonhos, no aumento do seu patrimônio e não para saldar dívidas ou algo parecido. Esse dinheiro é o resultado do trabalho de uma vida e, por isso, deve te ajudar a conquistar algo que te faça feliz. E para que isso não aconteça, é importante que você olhe para sua vida financeira agora e decida já como você deseja chegar lá na frente nesse aspecto. Importante que você trilhe essa jornada com vida financeira planejada e organizada para desfrutar, no futuro, daquilo que você merece e muito, uma vida equilibrada financeiramente.
Para isso, faça as contas!
Nota: É importante destacar que as projeções aqui apresentadas são baseadas em simulações e podem variar conforme cenários econômicos futuros. Além disso, a distribuição de dividendos, que não foi considerada na simulação, poderia alterar esses rendimentos.