Desemprego cai, mas renda encolhe e MT tem menos trabalhadores com carteira assinada 1c5k2p
Apesar da queda no número de desempregados entre julho e setembro deste ano, Mato Grosso registra alta no número de trabalhadores que atuam sem carteira assinada. Além disso, a renda média dos mato-grossenses está encolhendo desde 2020, de acordo com dados do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE divulgados nesta terça-feira (30).
A taxa de desemprego neste ano é de 6,6%. Já no 2º trimestre, entre abril e junho, o índice era de 9,1%. Os números são menores que os registrados entre julho e setembro de 2020, quando 10,2% das pessoas ouvidas estavam desempregadas.

Em relação aos trabalhadores que estão empregados no setor privado, 194 mil atuaram sem carteira assinada em Mato Grosso no 3º trimestre de 2021. Entre abril e junho deste ano, 181 mil pessoas estavam na mesma situação.
A disparada de empregos sem carteira está em evidência desde o 3º trimestre do ano ado, quando 150 mil pessoas já trabalhavam sem carteira assinada no setor privado.
Queda na renda média 1j5i15
Em comparação ao 3º trimestre de 2020, os mato-grossenses que estão empregados contam com R$ 304 a menos no rendimento mensal habitual. Segundo o IBGE, o valor médio é de R$ 2.419 neste ano.
No ano ado, o rendimento médio era de R$ 2.723. Já no 2º trimestre deste ano, a média de ganhos dos trabalhadores de Mato Grosso era de R$ 2.484. A variação foi de -65%, conforme os dados do Pnad.
Principais setores que contrataram 4l2l6x
Dos setores de trabalho citados na pesquisa do IBGE, apenas o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e serviços domésticos apresentaram alta. Segundo os dados do IBGE, o primeiro teve crescimento de 6% com relação ao 2º trimestre.
No total, 249 mil pessoas estavam empregadas no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura no 3º trimestre. No mesmo período, 122 mil pessoas estavam empregadas no setor doméstico. O aumento é de 26% em relação ao 2º trimestre.
Desemprego no Brasil 535n3z
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,6% no 3º trimestre, mas ainda atinge 13,5 milhões de pessoas, conforme os dados do IBGE. Assim como em Mato Grosso, a renda média do brasileiro também está encolhendo. O rendimento real habitual (R$ 2.459) caiu 4,0% frente ao trimestre anterior e recuou 11,1% relação a igual trimestre de 2020.
A massa de rendimento real habitual (R$ 223,5 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.
Os grupamentos de atividades em alta frente ao trimestre móvel anterior, foram: Indústria Geral (6,3%, ou mais 721 mil pessoas), Construção (7,3%, ou mais 489 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (7,5%, ou mais 1,2 milhão de pessoas), Alojamento e alimentação (11,0%, ou mais 486 mil pessoas) e Serviços domésticos (8,9%, ou mais 444 mil pessoas).
Nenhum dos grupamentos de atividades teve crescimento no rendimento médio real habitual, frente ao trimestre anterior, mas as reduções foram em: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,6%, ou menos R$ 53 istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5,7%, ou menos R$ 218) e serviços domésticos (3,1%, ou menos R$ 30).
Situação do trabalhador 5t3w4q
O número de pessoas que trabalham por conta própria (25,5 milhões de pessoas) cresceu 3,3% (817 mil pessoas) na comparação mensal e 18,4% (4,0 milhões de pessoas) na comparação anual.
O número de trabalhadores domésticos (5,4 milhões de pessoas) aumentou 9,2% em comparação com o trimestre de abril a junho e 21,3% frente a igual período de 2020.
A taxa de informalidade foi de 40,6% da população ocupada, ou 38 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,0% e, no mesmo trimestre de 2020, 38,0%.