IPCA de Campo Grande sobe 1,62% com alta da energia elétrica 55281g
O reajuste na energia elétrica residencial foi o principal responsável pela pressão inflacionária no mês 6j3q14
A inflação em Campo Grande acelerou em fevereiro, impulsionada principalmente pelo aumento na conta de energia elétrica. O reajuste na energia elétrica residencial foi o principal responsável pela pressão inflacionária no mês.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) na capital de Mato Grosso do Sul, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi de 1,62%, uma alta significativa de 1,58 ponto percentual em relação ao índice de janeiro, que havia ficado praticamente estagnado, com 0,04%. No mesmo mês do ano ado, a variação havia sido de 0,81%.

Com o resultado de fevereiro, o IPCA de Campo Grande acumula alta de 1,65% no ano. Nos últimos 12 meses, o indicador atingiu 5,43%, superando os 4,92% registrados no período de março de 2023 a fevereiro de 2024. Veja abaixo Grupos do IPCA para Campo Grande, em fevereiro de 2025:

No Brasil, a inflação também apresentou forte alta, com o IPCA de fevereiro fechando em 1,31%, maior taxa para o mês desde 2003, quando atingiu 1,57%. O aumento representa um salto de 1,15 p.p. (ponto percentual) em relação ao índice de janeiro (0,16%).
Habitação lidera altas 3m6559
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o setor de Habitação registrou a maior alta, com variação de 4,76%, sendo também o que mais impactou o índice geral (0,70 p.p.).
O reajuste na energia elétrica residencial foi o principal responsável pela pressão inflacionária no mês. O subitem teve alta de 12,66% em fevereiro, após registrar queda de 11,36% em janeiro, influenciado pelo fim do Bônus de Itaipu.
Além da energia elétrica, outros subitens também tiveram aumento significativo, como sabão em pó (1,90%) e água sanitária (1,46%). No entanto, houve queda nos preços do detergente (-2,49%) e do material hidráulico (-0,37%).
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Alimentação e bebidas voltam a subir 415m22
O grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,96% em fevereiro, com a alimentação no domicílio subindo 0,98%. Entre os itens que mais pressionaram os preços estão o ovo de galinha (21,99%) e o café moído (11,15%). Por outro lado, houve queda no feijão-carioca (-7,59%), no abacaxi (-5,76%), no arroz (-3,83%) e na banana-nanica (-3,10%).
A alimentação fora do domicílio (0,89%) desacelerou em relação a janeiro (0,91%), com os subitens lanche (1,30%) e refeição (0,73%) registrando variações menores que no mês anterior.
Transportes 4x2x47
O grupo Transportes teve alta de 1,32%, sendo o segundo maior impacto no mês (0,29 p.p.). Os aumentos mais expressivos vieram do transporte escolar (9,1%) e do transporte por aplicativo (7,22%). Já os combustíveis subiram 2,71%, com a gasolina registrando alta de 2,63% e impacto de 0,19 p.p. no índice geral.
No lado das quedas, a agem aérea recuou 18,41% e o ônibus interestadual teve queda de 1,44%.
Outros grupos também registram altas. São eles:
- Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,45%, influenciado por artigos de maquiagem (2,95%) e exame de laboratório (2,89%). Em contrapartida, papel higiênico (-2,85%) e medicamentos como psicotrópicos (-1,59%) e hormonais (-1,39%) tiveram queda.
- Vestuário subiu 0,78%, puxado pelo aumento em joias e bijuterias (3,15%), calça infantil (3,24%) e bolsas (2,67%). No lado das quedas, sapato infantil (-2,68%) e lingerie (-2,25%) tiveram redução de preços.
- Artigos de residência apresentaram variação de 0,8%, com destaque para a alta do ar-condicionado (3,28%) e do computador pessoal (3,17%). Os itens que registraram queda foram roupa de banho (-2,94%), artigos de iluminação (-2,42%) e conserto de aparelho celular (-1,78%).
- Educação teve aumento de 4,3%, sendo um dos principais grupos a pressionar o índice. O reajuste nos cursos regulares puxou a alta: pré-escola (8,41%), ensino fundamental (7,61%), ensino médio (7,41%) e creche (7,28%). O único item que teve queda foi artigos de papelaria (-1,34%).
- Comunicação subiu 0,32%, com aumento nos planos de telefonia móvel (0,52%), TV por (0,92%) e aparelhos telefônicos (0,45%).
O comportamento dos preços em fevereiro reforça a preocupação com o custo de vida na capital e o impacto no orçamento das famílias, especialmente diante do peso dos gastos com habitação, alimentação e transportes.