Indústria bate 160 mil empregos no ano e busca avanço com Bolsa Família u3r2g
Investimentos de infraestrutura e rotas Bioceânica e da Celulose também geram expectativas para números ainda maiores 446p23
A força da indústria impulsionou a geração de empregos, em 2024. Ao todo, o setor gerou 160.500 vagas formais de trabalho neste ano, em Mato Grosso do Sul. O crescimento é de 3% em relação ao mesmo acumulado de 2023. As informações foram divulgadas, nesta sexta-feira (20), pela Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

No evento com a imprensa, estiveram presentes Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, e o economista Ezequiel Rezende, que apresentou os números obtidos no setor neste ano.
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Novas propostas para o Bolsa Família 11396q
A partir do “Apagão da Mão de Obra” – ação que discute a falta de profissionais qualificados no mercado de trabalho – surge ainda uma estratégia por parte da indústria: a implementação e uma atualização do programa “Bolsa Família”, como jogada que visa impulsionar os números de pessoas empregadas no país.
Para 2025, a expectativa é que 165.300 profissionais sejam diretamente empregados pela indústria estadual. O incremento pode representar um aumento de 3% em relação a 2024
Atualmente, a massa salarial, conforme números apresentados pela Fiems, deve encerrar este ano em torno de R$ 6,4 bilhões, o que representa crescimento nominal – faturamento, sem inflação – de 9% sobre o ano anterior.
No próximo ano, a massa salarial da indústria estadual deverá alcançar o equivalente a R$ 6,9 bilhões, indicando crescimento nominal de 8%, conforme as projeções.
Conforme pontuou Longen, a proposta da Fiems como instituição é precisa. “Queremos que o governo federal assegure aos beneficiários o direito de receber o Bolsa Família e poder trabalhar com carteira assinada. Esse trabalhador hoje não quer, mesmo com o que ele ganha, que é considerado pouco, ir para o mercado formal, porque perde o benefício total ou parcial”, destacou.
Panorama l5t62
Diante do cenário de um possível “apagão de mão de obra”, a proposta da Fiems é investir em medidas para o enfrentamento da perda de profissionais. A resposta para o problema que começa se instaurar em Mato Grosso do Sul, é a flexibilização das normas de programas sociais como o Bolsa Família, para possibilitar o recebimento simultâneo, de forma temporária, dos benefícios e da remuneração de um trabalho formal, segundo Sérgio Longen.
Por isso, apostar no Bolsa Família ou a ser uma alternativa para a classe. “Precisamos que o governo federal assegure por dois anos o Bolsa Família para esse beneficiário e garanta que ele possa trabalhar sem perder o benefício”, argumentou.
Conforme afirma o representante das indústrias em MS, o governo federal tem visto com bons olhos as proposições. “Alguns empresários querem que o governo retire o Bolsa Família e reavalie quem está recebendo. Mas não, não queremos que ele faça isso, queremos que ele simplesmente mantenha o benefício, mas que deixe a pessoa trabalhar”, pontuou.
O governador de Mato Grosso do Sul corroborou o discurso e destacou que hoje o governo tem nos programas sociais o objetivo de acabar com a pobreza extrema. “É algo que estamos perseguindo”, destacou.
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O governador Eduardo Riedel garantiu que os investimentos vão continuar a todo vapor, sobretudo no que diz respeito à expansão e melhoramento das rotas no estado, a Bioceânica e a da Celulose.
“Infelizmente, vai ter que cancelar o Natal e o Ano Novo da equipe do EPE [Escritório de Parcerias Estratégicas], porque em janeiro a gente volta ao mercado para ir a leilão em um prazo de 90 dias. Vamos ficar trabalhando e publicamos ainda em janeiro a Rota da Celulose novamente para que, até abril, possa estar na B3 novamente e ser leiloada”, garantiu Riedel.
A hidrovia do Paraguai foi citada durante o evento. A consulta pública para a concessão foi publicada na quinta-feira (19) e terá 100 dias para ser concluída. A expectativa dos especialistas é de que a concessão seja a primeira a ter o edital de leilão publicado em 2025.
“Vale a pena conhecer um pouquinho o que está acontecendo naquela região de Porto Murtinho, um pouco antes do posto que dá entrada e o até a ponte. É uma obra do governo federal grande, importante e começou agora e está em plena discussão. Do 2º porto em Murtinho e, em 2025, deve avançar, e ferrovias, que foram outras discussões que a gente teve com o ministro [dos Transportes] Renan [Filho]. ada a análise do TCU, deve ir a leilão a parte que liga Campo Grande a Três Lagoas, um novo trecho ligando a Malha Paulista. São ações que vêm amadurecendo ao longo do tempo e que vão dar outra dinâmica para o estado de Mato Grosso do Sul”, destacou o governador.