Greve fecha portas do INSS para quem estava com perícia agendada 9205k
Os peritos médicos de Campo Grande também aderiram à greve nacional da categoria; eles reivindicam reajuste salarial e novas contratações 405n31
A greve nacional dos peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve impacto nos atendimentos à população de Campo Grande nesta quarta-feira (31), quando usuários com perícia agendada deram de cara com a porta e foram informados que deverão agendar novas datas.

Durante a manhã, apenas três médicos prestavam atendimento na agência do INSS na região do Horto Florestal. Normalmente, são 20 profissionais.
Os pacientes agendados com os médicos em serviço estão sendo atendidos, mas aqueles programados para consultas com os profissionais em greve são orientados a ligar no número 135 para reagendar suas perícias.
O barbeiro Robson Ferreira estava com perícia agendada desde outubro. Ele se acidentou em 2018 e precisa fazer as perícias para receber as assistências. Ele não conseguiu atendimento.
Trabalhadores vindos do interior, como São Gabriel e Bandeirantes, também foram surpreendidos com a paralisação.
Márcio Roberto de Souza, que aguardava sua perícia há quatro meses, disse ter ficado frustrado: “É constrangedor, vergonhoso. Você está esperando algo marcado, chega aqui e não é atendido”.
Vladimir Sampaio, vindo de Bandeirantes, também não foi atendido: “Tive que acordar cedo, pegar carona, vir até aqui para chegar aqui e acontecer isso, e agora vou ter que ver como vou fazer para voltar”.
Reivindicações 355x5c
Os peritos médicos reivindicam um reajuste salarial de 23%, a realização de um concurso público para a contratação de 1,5 mil profissionais e o cumprimento de cláusulas acordadas em 2022 com o Governo Federal. Esta é a terceira paralisação da categoria, sendo que as anteriores, nos dias 17 e 24, já afetaram 10 mil pessoas em todo o país.
A reportagem entrou em contato com o INSS e foi informada que os peritos médicos não fazem mais parte do órgão e estão sob a responsabilidade do Ministério Público do Trabalho.
A reportagem também tentou contato com o MPT, contudo, até o fechamento desta edição, não teve resposta. A Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, que convoca a paralisação, também não se manifestou.