Dinheiro na avenida: carnaval injeta quase R$ 600 milhões na economia de MT i2l6n
Levantamento do Sebrae aponta que mais de 33% da população irá participar da festa, impulsionando a economia do estado 4b6o3m
O Carnaval 2025 promete movimentar a economia de Mato Grosso. De acordo com um levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), a festa deve gerar um impacto econômico de aproximadamente R$ 593 milhões no estado. O estudo também revela que mais de 33% dos mato-grossenses confirmaram participação nos eventos carnavalescos deste ano, enquanto outros 24% ainda estão indecisos.
Crescimento econômico e reação do setor empresarial 714nx
A tradição carnavalesca, que inicia na sexta-feira (28) e segue até a terça-feira (04), representa não apenas um período de lazer, mas também uma oportunidade estratégica para diversos setores da economia. Com uma taxa de participação similar à de 2024, a expectativa é que o faturamento de empreendedores do ramo de alimentação, bebidas, hotelaria, transporte e entretenimento seja ampliado.
Empresários locais já estão se preparando para a demanda. Um exemplo é Carlos Meoli, dono de um estabelecimento na Praça Popular, em Cuiabá, que, junto a outros comerciantes, organizou a primeira edição do “Carnaval na Praça”. O evento, que ocorre de 2 a 4 de março, busca atrair público e fortalecer o comércio local. “Queremos movimentar a região e gerar fluxo para os bares. Também organizamos uma matinê para crianças e famílias. Nossa expectativa é reunir cerca de 600 pessoas por dia”, explica Meoli.
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Perfil dos foliões e impacto na economia local 142t45
O estudo também traçou o perfil do público que irá participar do Carnaval em Mato Grosso. A maioria dos foliões está na faixa etária entre 26 e 44 anos e possui rendimento entre dois e cinco salários mínimos. Entre os que afirmaram que vão participar, 21% escolheram festas gratuitas, 19% preferem blocos de rua, 18% arão a festa com amigos ou familiares, e 15% frequentarão eventos privados.
Para Alberto Santana, analista técnico do Sebrae/MT, esses números mostram oportunidades para empreendedores. “O empresário deve identificar como seu negócio pode atender à demanda desse público, oferecendo serviços e produtos que garantam uma experiência de qualidade, mas dentro do orçamento do consumidor”, afirma.
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Viagens e gastos dos foliões 1c5x6a
O levantamento também apontou que 12% dos foliões mato-grossenses irão viajar para curtir a festa fora do estado, priorizando destinos como Bahia e Rio de Janeiro. Os principais gastos dessa parcela estão concentrados em transporte e agens (43%) e hospedagem (29%), seguidos por alimentação e bebidas (23%) e ingressos para shows (20%).
Para Santana, é fundamental criar atrativos que incentivem os foliões a permanecerem no estado e contribuírem para a economia local. “O setor de eventos precisa se estruturar para tornar Mato Grosso um destino carnavalesco mais competitivo, evitando a evasão de consumidores e potencializando os lucros no período festivo”, destaca.
Quem não vai cair na folia 3y6e32
Apesar da movimentação econômica esperada, 44% dos entrevistados disseram que não irão participar do Carnaval. Entre os motivos apontados, 20% afirmaram não gostar da festa, 18% mencionaram questões religiosas, e 29% justificaram o alto custo dos eventos e produtos.
Para os empreendedores, entender esse público também pode gerar oportunidades. “Nem todos precisam participar da folia tradicional. Criar eventos diferenciados e íveis, que atendam às preferências desse público, pode atrair novos clientes e diversificar o mercado”, sugere Santana.
Além disso, 12% dos entrevistados relataram que a cidade onde moram não oferece opções atrativas para o Carnaval, sendo a maioria desse grupo composta por moradores do interior que buscam a capital para curtir a festa. “Essa é uma oportunidade para empreendedores locais investirem em eventos regionais e evitar que esse público se desloque para outras cidades”, completa o analista.
Sobre a pesquisa c495d
A pesquisa foi realizada entre os dias 23 de janeiro e 7 de fevereiro, por meio de entrevistas telefônicas com 1.031 residentes de Mato Grosso, todos maiores de 18 anos. O levantamento tem margem de erro de 5% e 95% de nível de confiança.
