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Brasil entre os países com os juros mais altos do mundo. Como isso afeta seu bolso? d6k67

Você já percebeu como está difícil financiar um carro, uma casa ou até mesmo parcelar compras no cartão? Isso tem a ver com a nossa taxa Selic 6x356b

Muito se tem ouvido nos últimos tempos sobre os juros altos aqui no Brasil e como isso pode impactar seu dia a dia e o que, ainda, pode mudar nos próximos meses.

Você já percebeu como está difícil financiar um carro, uma casa ou até mesmo parcelar compras no cartão? Pois é, isso tem a ver com a nossa taxa Selic, que é a taxa básica de juros do Brasil.

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Brasil entre os países com os juros mais altos do mundo (Foto: Ilustração/ Meu Bolso em Dia)

E o fato de os juros estarem caros aqui tem tudo a ver com a posição do Brasil no ranking mundial dos países com os maiores juros reais, ou seja, os juros que realmente valem, após descontar a inflação.

Em março deste ano, o Brasil ocupava o 4º lugar nesse ranking. Perdíamos apenas para Turquia, Argentina e Rússia. Isso significa que, no mundo todo, o Brasil estava entre os países onde é mais caro pegar dinheiro emprestado — e mais rentável emprestar ou investir.

Mas esse cenário mudou na última quarta-feira (07/05) com a divulgação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, do aumento da taxa básica de juros, a Selic, em meio ponto percentual, ando de 14,25% para 14,75% ao ano.

Essa divulgação fez com que o Brasil saísse da 4ª posição no ranking dos países com os maiores juros reais para a 3ª posição neste ranking.

Mas, para tornar mais claro o entendimento, vamos explorar melhor o que significa Juros Reais?

Os juros nominais são aqueles que você vê quando contrata um empréstimo ou aplica seu dinheiro. Mas o que realmente importa são os juros reais, que consideram o quanto os preços subiram (inflação) no mesmo período.
Se você investe e ganha 10% no ano, mas a inflação foi de 5%, o ganho real foi só de 5%.

E por que os juros no Brasil são tão altos? 6r4z3g

Alguns motivos contribuem para isso:

  • Inflação persistente: quando os preços sobem demais, o Banco Central aumenta os juros para tentar conter o consumo e frear a alta dos preços.
  • Insegurança fiscal: investidores querem mais retorno para emprestar dinheiro ao governo, já que há dúvidas sobre o controle dos gastos públicos.
  • Risco de instabilidade: com a economia brasileira oscilando muito, o custo para compensar esse risco também sobe.

E isso tudo afeta o bolso do brasileiro tornando os financiamentos de casa, carro, empréstimos e até o rotativo do cartão mais pesados no bolso.

Com os juros mais altos o consumo e o investimento das empresas freando o crescimento e os novos empregos, o que torna a economia mais devagar.

O cenário muda se a inflação continuar caindo e o governo mostrar controle nos gastos, o Banco Central pode reduzir a taxa básica de juros (Selic). Com isso, os financiamentos ficariam mais íveis, a economia poderia crescer e o Brasil sairia das primeiras posições nesse ranking indesejado.

Estar entre os países com os maiores juros do mundo é um sinal de alerta. Para quem não entende bem como isso funciona, o risco de entrar em dívidas caras é alto. Ao mesmo tempo, esse cenário pode ser uma oportunidade para quem sabe usar o dinheiro com inteligência.

Importante, você tem se protegido dos juros altos ou está sendo vítima deles sem perceber?

Se a resposta for “não sei”, talvez seja hora de repensar sua relação com o dinheiro. A educação financeira nos ensina alguns princípios que fazem diferença especialmente em momentos como este:

  • Evite dívidas desnecessárias: parcelar demais pode sair caro.
  • Monte uma reserva de emergência: ela evita que você recorra a empréstimos com juros altos em momentos de aperto.
  • Planeje antes de comprar: consumir com consciência ajuda a evitar arrependimentos financeiros.
  • Invista com estratégia: os juros altos favorecem aplicações de renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs e, também, os papéis de Crédito Privado.

Com informação, planejamento e escolhas bem pensadas, você pode atravessar esse cenário com mais segurança — e até tirar proveito dele.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Faça as contas, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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