Banco Central eleva taxa básica de juros para 6,25% ao ano 6y225r

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu, nesta quarta-feira (22), elevar a taxa Selic – juros básicos da economia – de 5,25% para 6,25% ao ano. Um dos fatores que motivaram essa alta foi a inflação elevada, especialmente dos alimentos, combustíveis e energia elétrica. Segundo a Agência Brasil, a taxa Selic […] 145z6f

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu, nesta quarta-feira (22), elevar a taxa Selic – juros básicos da economia – de 5,25% para 6,25% ao ano. Um dos fatores que motivaram essa alta foi a inflação elevada, especialmente dos alimentos, combustíveis e energia elétrica.

Segundo a Agência Brasil, a taxa Selic está no nível mais elevado desde julho de 2019, quando estava em 6,5% ao ano. Esse foi o quinto reajuste consecutivo nos juros. Entre março e junho, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada reunião. No início de agosto, o BC ou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada encontro.

Banco Central (Foto: Agência Brasil)
Banco Central (Foto: Agência Brasil)

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.

Por meio do comunicado divulgado no site do BC, o Copom informou que deverá elevar novamente a Selic em um ponto percentual na próxima reunião, no fim de outubro.

Com o teto da meta de inflação estourado em 2021, o órgão informou que trabalha para trazer a inflação de volta para o intervalo da meta em 2022 e, “em algum grau”, em 2023.

“O Copom considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste [um ponto percentual por reunião] é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques”, destacou o texto.

Com a decisão desta quarta-feira (22), a Selic continua num ciclo de alta. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em agosto, o indicador fechou no maior nível para o mês desde 2000 e acumula 9,68% em 12 meses, pressionado pelo dólar, pelos combustíveis e pela alta da energia elétrica.

O valor está acima do teto da meta de inflação. Para 2021, o CNM (Conselho Monetário Nacional) tinha fixado meta de inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5,25% neste ano nem ficar abaixo de 2,25%.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2021, o IPCA fecharia o ano em 5,82% no cenário base. Mesmo com uma queda nos índices no segundo semestre, esse cenário considera o estouro do teto da meta de inflação em 2021.

A projeção está abaixo das previsões do mercado. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 8,35%. A projeção oficial só será atualizada no próximo Relatório de Inflação, no fim deste mês.

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