Banco Central define novas taxas de juros e crédito deve ficar mais caro 3u4i1w
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para definir as novas taxas de juros no Brasil 4k635
O futuro do mercado financeiro deve ser definido nesta terça (6) e quarta-feira (7), quando o Comitê de Política Monetária (Copom), define as novas taxas de juros vigentes no Brasil. Essas taxas vêm de uma trajetória de alta e têm impactado diretamente o bolso dos brasileiros, especialmente para quem precisa recorrer a crédito.
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, na última quarta-feira (30), a taxa média de juros no crédito livre ou de 43,5% ao ano em fevereiro para 44,0% em março. No mesmo mês de 2024, essa taxa era de 40,4%.

O crédito livre, que permite ao cliente utilizar o valor obtido como quiser, teve aumento tanto para pessoas físicas quanto para empresas. No caso das famílias, o juro médio subiu de 56,1% para 56,4% ao ano. Já para empresas, os juros nas novas contratações chegaram a 24,6% ao ano – alta de 0,8 ponto percentual no mês e de 3,5 pontos nos últimos 12 meses.
Um dos maiores saltos foi observado na taxa do cheque especial, que atingiu impressionantes 349,2% ao ano, uma elevação de 9 pontos percentuais em março.
Selic deve subir ainda mais 1a275s
Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano e pode subir para 15% até o fim de 2025, segundo projeções do mercado financeiro.
A Selic é a principal ferramenta usada pelo Banco Central para controlar a inflação e influencia diretamente todas as outras taxas de juros do país, como as cobradas em financiamentos, empréstimos e aplicações financeiras.
Durante a última reunião do Copom, o Banco Central sinalizou que o ritmo de alta da Selic deve desacelerar, mas ainda não há definição se o próximo ajuste será de 0,75 ou 0,50 ponto percentual.
Inflação ainda preocupa 375y37
O cenário de juros elevados está diretamente ligado à inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou alta de 0,56% em março, puxado principalmente pelo aumento no preço dos alimentos. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,48%.
Segundo o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a previsão de inflação para 2025 é de 5,55%, e para os anos seguintes os índices devem cair gradualmente: 4,51% em 2026, 4% em 2027 e 3,78% em 2028.
O Copom avaliou que, embora existam sinais de moderação, a economia brasileira ainda está aquecida e a inflação, especialmente nos serviços, segue em nível elevado. O Banco Central reforçou que continuará monitorando os rumos da política econômica e adotará as medidas necessárias para manter a estabilidade dos preços.